O SUCESSO NO CASAMENTO (estudo)
O SUCESSO NO CASAMENTO
Gênesis 2:18-24
Diz-se com freqüência que um bom casamento é uma "amostra do
céu". O companheirismo de que um homem e uma mulher podem gozar em relação
ao casamento é uma bênção imensa dada por nosso Criador.
Certamente, Deus destinou o casamento a ser benéfico e satisfatório para
ambos, o esposo e a esposa. Infelizmente, muitos casais não descreveriam seus
casamentos como "celestiais".
O QUE PODEMOS FAZER PARA TERMOS SUCESSO EM NOSSO CASAMENTOS?
Homens e mulheres têm tentado várias estratégias para assegurar
casamentos bem sucedidos. Muitos têm raciocinado que o modo de ter um bom
casamento é casar-se com a pessoa de melhor aparência possível. Conquanto não
seja pecado ser fisicamente atraente, a aparência pessoal não é garantia de que
uma pessoa será uma boa companheira. O homem extremamente elegante ou a mulher
impressionantemente bela com freqüência não dão bons esposos! Outros têm
concluído que um casamento espetacular e uma lua-de-mel dispendiosa são o ponto
de partida de um bom casamento. Contudo, estas são coisas que não duram muito
tempo e quando a grandiosidade da cerimônia e a emoção da lua-de-mel passam, é
comum que o esposo e a esposa descubram que sua relação não é realmente muito
boa.
Ainda outros têm seguido a estratégia de acumular bens antes de casar
ou, em alguns casos, de procurar uma pessoa rica com quem casar! Tal segurança
financeira constituirá, pensam eles, o alicerce de um bom casamento. Algumas
vezes parceiros em al relação assentada sobre a riqueza material pagarão quase
tudo para escapar do casamento. O resultado de tais preparativos financeiros é
que há mais bens a serem divididos quando o casal se divorcia.
Deverá ser notado que não há nada inerentemente pecaminoso em ser
fisicamente atraente, ter um grande casamento e uma lua-de-mel agradabilíssima
ou mesmo economizar dinheiro antes do casamento com a
esperança de um padrão de vida mais alto. Cada uma destas coisas pode
ser uma bênção para um casamento. Nenhuma destas coisas, contudo, resulta
necessariamente em um bom casamento. Se desejamos relações satisfatórias,
precisamos abandonar as soluções e valores de sabedoria humana e consultar o
manual de casamento escrito por Aquele que criou o casamento no princípio.
Na Bíblia podemos encontrar toda a informação que precisamos para
construir casamentos bem sucedidos.
INSTRUÇÕES DIVINAS
As Escrituras ensinam que o casamento é destinado a durar até que um dos
cônjuges morra (Romanos 7:1-3; Marcos 10:9). Se cada parceiro mantiver esta
convicção, o casamento terá uma possibilidade maior de dar certo. Quando
aparecem problemas (e sempre aparecem!), tanto o esposo como a esposa
empenham-se em resolvê-los em vez de procurar escapar facilmente através do
divórcio.
Quando Paulo escreveu sobre as responsabilidades dos cônjuges, ele
observou que as esposas deveriam ser submissas a seus esposos (Efésios
5:22-24). Ele ordenou ainda mais que os esposos deveriam amar suas esposas
(Efésios 5:25-29). Este amor (na língua grega, "agape") não é de puro
sentimento ou mesmo a expressão de palavras vazias, mas é antes o resultado de
uma escolha moral e expressa-se em ação. Elcana, pai do profeta Samuel do Velho
Testamento, evidentemente amava profundamente sua esposa Ana (1 Samuel 1:1-8).
Ele expressou seu amor por ela através de sua generosidade. Além do mais, este
tipo de amor busca o bem estar de outros independente do tratamento com que
eles retribuem. O apóstolo Paulo descreveu o caráter deste amor em 1 Coríntios
13:4-7. As responsabilidades de amor e submissão incluem outras específicas.
Por exemplo, para amar sua esposa, o esposo tem que se comunicar com
ela. Para procurar o melhor bem estar da
esposa, ele precisa entender as necessidades e desejos dela. Mais uma vez,
observando o exemplo de Elcana e Ana, quando ela estava triste por causa de sua
esterilidade e da provocação de sua rival, Elcana procurou descobrir a causa de
sua angústia (1 Samuel 1:4-5, 8). Se o esposo comunica a razão para suas
decisões, torna-se muito mais fácil para a esposa submeter-se. Sem comunicação
adequada entre cônjuges, é extremamente difícil, talvez impossível, ter-se um
bom casamento. Comunicação franca entre esposo e esposa permite a cada um
entender melhor o outro, evitando muitos desentendimentos. A participação nas
opiniões, sonhos e temores, através da comunicação, permitem uma intimidade que
ajuda a unir o casal.
HONESTIDADE
Todos os bons casamentos exigem honestidade e discrição de ambos. Tanto
esposo como esposa deverão empenhar-se em sempre falar a verdade um ao outro
(Efésios 4:25; Colossenses 3:9).
Bons casamentos dependem da confiança e uma mentira descoberta destrói
essa confiança. A esposa que descobre que seu esposo mentiu para ela em um
assunto imaginará que ele no futuro estará mentindo também sobre outros
assuntos . . . mesmo que ele esteja falando a verdade. Infelizmente, aqueles
que praticam o engano com freqüência
acreditam arrogantemente que são muito inteligentes para "serem apanhados".
O mentiroso pode freqüentemente cobrir seu engano por algum tempo, mas
as mentiras costumam ser descobertas. A esposa que esconde informação de seu
esposo está também praticando o engano, uma forma de desonestidade.
A suspeita que resulta quando o engano é descoberto ameaça a bela
intimidade possível num casamento.
DISCRIÇÃO
Quando duas pessoas vivem juntas ainda que por curto período de tempo,
elas podem aprender algumas coisas nada lisonjeiras sobre um e outro. Num bom
casamento, o esposo não falará destas faltas de sua esposa com outros. Ele protegerá
a reputação dela à vista dos outros, enquanto trabalhará para ajudá-la a
melhorar nessas áreas. De modo semelhante, a esposa não discutirá as fraquezas
de seu esposo com outras pessoas. A prática de tal discrição encorajará maior
intimidade na comunicação dentro do casamento.
Cada parceiro sentir-se-á bem partilhando com o outro os pensamentos
mais particulares porque ele ou ela sabe que estes pensamentos não serão
revelados a outros.
FIDELIDADE
Poucas coisas destroem um casamento mais depressa do que a infidelidade.
Num bom casamento, cada parceiro tem não somente de se abster de atos abertos
de impureza sexual, mas não deve dar ao outro causa para suspeita. O esposo
precisa evitar que seus olhos se fixem na direção de outras mulheres e a esposa
tem que ser cuidadosa para que seu comportamento a respeito de outros homens
seja puro (Mateus 5:27-28).
RESPEITO
O resumo feito por Paulo das responsabilidades do esposo e da esposa em
Efésios 5:33 revela que a submissão da esposa envolve respeito ao seu esposo.
Do mesmo modo, o esposo não deverá tratar sua esposa como inferior a ele porque
ela voluntariamente aceitou uma posição de submissão (1 Pedro 3:7). Em vez
disso, ele deverá tratá-la com dignidade e consideração. Ele não deve
diminuí-la nem tratá-la com aspereza ou amargura simplesmente porque Deus lhe
deu autoridade na família (Colossenses 3:19).
ALTRUÍSMO
O egoísmo está na base de um número incrível de dificuldades
matrimoniais. É extremamente difícil viver com alguém que sempre pensa só em si
mesmo.
Cuidar de uma criança é trabalho duro porque ela não tem consideração
com as necessidades e desejos dos outros. Suas necessidades precisam ser
satisfeitas imediatamente ou ela fará com que seus pais saibam de sua
infelicidade por meio de gritos estridentes! Como adultos, já deveremos ter
ultrapassado tal egoísmo, mas infelizmente alguns esposos agem bem dessa mesma
maneira. Se as coisas não são feitas como lhes serve, eles ficam trombudos ou
têm ataques de cólera, muito parecidos com os das crianças que não sabem de
nada melhor. A mulher virtuosa de Provérbios 31 sacrificava-se, trabalhando
para prover a sua casa (Provérbios 31:10-31). Cada cônjuge [amadurecido] deverá
estar querendo pôr as necessidades e desejos do outro antes do seu próprio, se
necessário (Filipenses 2:4; 1 Coríntios 13:5), e os que são infantis não
deveriam casar-se!
PACIÊNCIA
A paciência é o lubrificante que evita que o casamento se aqueça demais
quando os problemas provocam atrito entre os parceiros. Uma falta de paciência,
no mais das vezes, resulta em decisões insensatas ou irritação.
Tiago deu bom conselho quando escreveu "Todo homem, pois, seja
pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do
homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1:19-20). A paciência é aquela
qualidade
que permite a uma pessoa suportar com calma serenidade uma situação que
não é ideal ou desejável (longanimidade; Gálatas 5:22; Efésios 4:2; Colossenses
3:12). A impaciência é quase sempre uma forma de egoísmo na qual nos tornamos
furiosos porque as coisas não estão acontecendo do modo que queremos que
aconteçam. Haverá muitas ocasiões durante um casamento nas quais as coisas não
serão ideais!
HUMILDADE
Algumas pessoas não querem admitir nenhuma falha. É inevitável que um
cônjuge peque contra o outro. A humildade é a qualidade que permite-nos
reconhecer nossa própria falibilidade, admitir nossas faltas e pedir perdão
àqueles que tivermos maltratado. A pressuposição de que sempre sabemos o que é
melhor ou que nunca cometemos nenhum erro é uma forma de arrogância. Tal
arrogância é oposta ao amor (1 Coríntios 13:4). Num bom casamento, ambos os
parceiros servirão um ao outro fazendo muitos pequenos favores. A arrogância
não permite a "atitude servil" (João 13:1-15). A humildade também
ajuda a perdoar os outros que pecam contra nós, porque nos lembra que nós
mesmos somos falíveis e freqüentemente necessitamos ser perdoados (Efésios
4:31-32; Colossenses 3:13). No decorrer de um casamento, haverá muitas
oportunidades para perdoar seu cônjuge! Ofensas não perdoadas tendem a ser como
feridas não curadas, inflamadas; elas afetam severamente a saúde da relação.
Quando
alguém está procurando um bom companheiro ou simplesmente tentando melhorar uma
relação conjugal existente, estes princípios ajudarão a assegurar um casamento
bem sucedido. De fato, muitos desses traços característicos que promovem um
casamento bem sucedido podem ser aplicados praticamente em qualquer relação
humana para torná-la melhor!
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