terça-feira, 22 de maio de 2012

Doutrina da Filiação eterna


A doutrina da filiação eterna
Heber Carlos de Campos
Ao ler o texto ficou bem claro para mim a intenção do autor em abrir a mente de seus leitores à forma errônea do pensamento de alguns teólogos contemporâneos em relação a filiação eterna, desta forma nos mostra também que os mesmos buscam se firmar em bases bíblicas retiradas do contexto e usadas sem o seu verdadeiro sentido nas quais foram escritas . O autor cita a escassez de estudiosos nos tempos atuais que se coloquem à frente deste assunto para trata-lo e mostra sua importância sendo algo que se trata desde o primeiro Concílio Geral da Igreja em Nicéia em 325 A.D.
Ao escrever sobre o perigo da Negação da Filiação Eterna Heber Carlos de Campos, nos fala que o ensino de que o verbo torno-se filho na sua encarnação em outro período qualquer da sua vida terrena, traz prejuízo ao nosso entendimento dos relacionamentos internos da trindade , porque , se o filho não foi eternamente gerado pelo Pai , então também o Espírito não procedeu eternamente do filho, como preceituam os credos antigos . Assim quando negamos a noção da filiação eterna, também temos que negar a noção da paternidade eterna. Se não havia filho eternamente, também não havia o Pai eternamente. Para isto o autor trata os versículos usados por estes teólogos que sustentando a tese e as rebate mostrando o verdadeiro sentido da revelação divina  voltando os textos ao seus contextos. Os textos de Lucas 1.35 (...a partir de seu nascimento o redentor seria chamado de filho de Deus) mas o texto não afirma que  o “ ente santo” se tornaria filho de Deus, mas que seria chamado de “Filho de Deus” ; Atos 13.32-33 (....a geração do filho deve ser entendida como ocorrida na sua  ressurreição) , sendo assim o autor mostra através de Mt 3.17;17.5 que o Pai já o havia proclamado duas vezes como “Meu Filho” antes da ressurreição. Desta forma o autor conclui que os testos de João 1.1-1,14 e Romanos 1.3-4 falam da divindade e da Filiação eterna do Redentor. Portanto, a filiação divina não se deu na encarnação nem na ressurreição, pois essa Filiação é eterna, Heber Carlos usa de outros vss. Como João 3.16; 17.24; Rm 8.3; 8.32. Quando se nega a filiação eterna do redentor, acaba-se negando o amor do Pai por  Ele como seu próprio filho eterno (João 17.24), bem como o amor do Pai para com seus filhos adotivos (cf. João 17.23). Os argumentos levantados pelo autor para esta filiação eterna nos deixa bem clara o amor de Deus.

A Paternidade Eterna Exige a Filiação Eterna
A filiação implica identidade de natureza
A função eterna na história da Igreja
O autor deixa registrado o testemunho de vários homens de Deus usados para com seus conhecimentos nos ajudarem entender a filiação eterna como, Justino Mártir-(c.100-165); Tertuliano (160/170c215/20); Hipólito (morte c.236); Orígenes(c.185c.254); Lactâncio (c.240-320); Cirilo de Jerusalém (c.310-386); Atanásio (c. 296-373); Basílio, o grande (c. 29-379); Gregório Nazianzo (330-389); Dâmaso (304-384); Agostinho (354-430); São Patrício (c. 390-461).
Ao concluir o estudo deste edital de Heber Carlos de campos , posso descrever a minha satisfação em fazer parte de um povo que recebe, acredita e pode testemunhar e provar e comprovar através dos textos bíblicos o crer na Filiação Eterna e uso as palavras do próprio autor quando conclui não podemos abrir mão da Filiação Eterna do Redentor com o risco de perder a paternidade eterna de Deus. Isso traria enormes prejuízos para a fé cristã, se é que tal fé pode existir sem a noção da existência eterna do filho, já que o filho é dito ser nosso Redentor.


Laerte Martins
3º Bacharel Teologia
CETEVAP- Pr. José Humberto




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