quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Palestra para casais Igreja Presbiteriana Betesda

O Papel do esposo no casamento

1 Pedro 3:7  (conhecer)

O marido tem que conhecer a sua esposa .

E isto não quer dizer que ele reconhece que ela é mais fraca intelectualmente.

Que ela é mais fraca espiritualmente

__Minha esposa não consegue entender quase nada do que eu digo

Talvez você a tenha tratado como trata de seus amigos de trabalho e não como

esposa?!

____Espiritualmente se você pensa assim de sua esposa ....quem é fraco

espiritualmente acredito eu seja você. Que não consegue enxergar que nem

todo mundo tem a mesma facilidade ou vontade que você, ela é espiritual sim ,

mas de uma forma diferente

Quando Paulo cita a esposa como vaso mais fraca com certeza ele mostra que

ela é .mais fraca sim , mas, fisicamente  e temos que aprender a trata-la com

mais cuidado.

(A história da minha avó) quando morreu.

O marido deve honrar sua esposa.

1Pedro 3:7

....dando honra a mulher , como vaso mais fraco, como sendo vós os seus coherdeiros da graça da vida para que não sejam impedidas suas orações

-Honrar a mulher inclui mostrar apreciação e gratidão do mais alto nível.

Prov. 31:28-30.

Honra-la porque ela compartilha da mesma herança. ( Cristo é o mesmo

salvador dela).

1Pedro 3:7

“....dando honra a mulher, como vaso mais fraco....”

Bloco 1 e 2 .

Os resultados de conhecer e honrar sua esposa é

“.....para que não sejam impedidas as vossas orações....”

Em um relacionamento conjugal se o homem não conhece sua esposa e não

a honra Deus não ouve as suas orações ....creio que é por isto que existem

tantos casamentos fracassados por ai Um marido que não conhece e não

honra sua esposa também não vive um casamento que agrade a DEUS.

A liderança Masculina

A alegria de Glória a DEUS por LIDERAR a sua Esposa. Gn. 1:26; 2:18-25; Ef.

5:26; Mt 20:25-28.

A base bíblica para a liderança do marido.

Os homens foram criados para serem lideres.

A ordem da criação estabelece sua liderança Gn 1:26

Deus declarou o Marido para ser o líder – Ef. 5:23 (ler)

A visão bíblica da liderança do marido Mt 20:25 (ler)

Mt 20:25 “Então Jesus chamando-os para si, disse: Bem sabeis quee pelos

príncipes dos gentios são estes dominadores, e que os grandes exercem

autoridade sobre eles. Não será assim entre vós.....”

1- O QUE LIDERANÇA NÃO É.

 “SENHOR SOBRE ELES” um ditador de um sobre o outro.

Ver conclusão na apostila

Esboço de sermão em Ef 1.3-14

Esboço de sermão em Ef 1.3-14

As bênçãos que são derramadas sobre a vida do crente.

Ao lermos esta passagem podemos ver e nos é bem claro que Jesus é o único

filho legítimo de Deus (v. 3). E também que Ele nos abençoou com todas

as bênçãos espirituais  e isto não se trata de bênçãos terrenas, embora Ele

também nos abençoe assim; mas aqui ele trata de bênçãos espirituais as quais

nos asseguram a salvação e a vida eterna em Cristo, ou seja, fora de Cristo

não há bênçãos espirituais,pois também não a Salvação.

Desta forma gostaria de pensar junto aos irmãos a respeito de quais seriam

estas bênçãos.

1- As bênçãos de Deus a cada um de nós (vv. 3-6).

a)- Deus nos escolheu em Cristo, antes da fundação do mundo (v. 4-7)

 Para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele .Os crentes foram

escolhidos para serem a semelhança de Cristo (v. 4), e esse mesmo Deus nos

predestinou em amor para Ele (v. 5) para sermos Seus filhos (adotados), por

meio de Jesus ao recebê-lo. Sem Jesus não temos como ser filho de Deus (Jo

1.12)

b)- Desta forma como filhos de Deus passamos a ter direito em Sua herança

(Rm 8.14-17), e não somente em coisas consideradas por nós (boas), mas

também nos Seus sofrimentos. (Isto não deixa de ser uma benção a cada um

de nós)

c)- Também nos predestinou para louvor da glória de Sua graça  (v. 6),os

crentes devem refletir a graça de Deus ao mundo (Tt 2.11), pois foi o amor de

Cristo que nos concedeu esta benção gratuitamente . Sem Ele, não há quem

receba a graça de Deus.

2- As benção de Jesus a cada um de nós (vv. 7-12)

a)- Pelo Seu sangue fomos redimidos (v. 7). Paulo nos diz que através do

sangue de Jesus temos o perdão dos nossos pecados.

b)- Este perdão é Graça  e é incondicional, porque Paulo nos diz que é

“segundo a riqueza da Sua graça” (v. 7). Não temos mérito nenhum, foi o seu

sangue que nos perdoou e nos salvou.

c)- Essa graça foi derramada abundantemente sobre nós pela sabedoria e

prudência de Deus, não do homem (v. 8).

2.1. Deus em Cristo desvendou o mistério da Sua vontade (v. 9-10)

a)- O propósito de Deus em unir todos os que foram chamados e predestinados

a sua presença independentemente de sua nacionalidade, e é o que nos inclui

neste chamado (v.9).

b)- Cristo é o centro de tudo e de todas as coisas (v.10). Tudo esta reunido e

unido nEle.

2.2. Fomos feitos herança em Cristo (v. 11)

a)- Fomos predestinados segundo o propósito de Deus, estamos ao alcance da

vontade de Deus.

b)- Para servirmos para o louvor da glória de Deus os que de antemão

esperam em Cristo, aquilo que era promessa para os judeus, agora também

nos é dado (v. 12).

3-As bênçãos do Espírito Santo a nós (v. 13,14). 

a)- Deus nos sela, nos marca com Seu Espírito, aquilo que havia sido

prometido ao seu povo (Israel) (At 1.8), agora é derramado sobre todo aquele

que ouviu a Palavra da verdade o evangelho da salvação e creu é selado pelo

Santo Espírito da promessa (v. 13).

b)- O Espírito Santo nos garante que um dia nós, a propriedade de Deus

seremos resgatados de uma vez por todas deste mundo para o louvor da Sua

glória (v. 14).

Aplicação:

O Deus ao qual servimos tem nos levado a um processo de santificação,

embora ele tenha nos chamado e predestinado cabe a cada um de nós fazer

a nossa parte neste processo. Fomos chamados sim, a pregar o evangelho e

refletir a imagem de Deus e a cada dia nos parecer mais com o seu FILHO, a

salvação já a temos mas a nossa vida é ma obra de Deus o qual nos chamou

para glorificarmos o seu nome.

E a fazemos quando reconhecemos que recebemos a benção de Deus, de

Cristo e do Espírito Santo sobre a nossa vida.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Romanos 12:9-13 estudo da perícope

A exegese proposta aqui tem como finalidade prover informações a respeito de Romanos 12.9-13.
Onde podemos ver a forma que Paulo o apostolo tratando de vários assuntos que nos é relevante, a epistola aos Romanos foi escrita no tempo da permanência de Paulo na Grécia, no termino da terceira viagem missionária (Atos 20.2), ditada a Tércio (Rm 16.22) e ao admitir-se a integridade da epístola (em particular dos capítulos 15 e 16), a data de Romanos pode ser estabelecida como a.D. 57.
Do capitulo 1 ao capitulo 11 Paulo trata com muita propriedade assuntos relevantes nos aspectos de fé, salvação, bondade, Graça e Lei, ao chegar ao capitulo 12 ele muda seu discurso de ensinamento para a forma de se aplicar à vida cristã.
Ao iniciar o versículo 9 do capitulo 12 onde inicio a minha Perícope vejo o Apostolo Paulo destacando o verbo amar, que esta no presente do subjuntivo no tempo verbal progressivo nos mostrando desde o início que seria um sentimento que deveria sempre existir no coração daquele povo e que deve ser exercido sem hipocrisia  (νυπόκριτος)  e sendo ele um adjetivo nominativo no sentido apelação mostra que seria algo que eles deveriam buscar sempre para  não ser fingido e descrevendo o comportamento sincero sem motivos egoístas literalmente, "sem hipocrisia "(sincero).E desta forma nos afastarmos do mal que existe dentro de nós para nos aproximar com sinceridade ao nossos amigos e irmãos e esta atitude nos é dada para que saibamos que o mal só nos trará problemas enquanto que o bem nos aproximará de todos afim de conseguirmos pregar e viver a mensagem do evangelho. Ao usar a palavra Fraternal (φιλαδελφί) substantivo dativo demonstra um amor real que se tem para com outros e que expresse o afeto como se tem para uma pessoa da família e expressa-la não por obrigação mas por livre vontade a todos os filhos de Deus (Vs. 10 cap. 12).
Ao dar inicio ao versículo 11 o Apostolo Paulo expressa o cuidado maior para com o que fazemos em relação a obra de Deus (“11 No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor”;)
Paulo usa a palavra σπουδη   substantivo - dativo  que nos leva a saber seu uso como (por implicação) sinceridade - (sério), diligência, ao que nos podemos ver três implicações ao zelo que estão vinculadas entre si:
-Não sejais remissos no caráter negativo- οκνηροι   adjetivo - nominativo masculino plural no sentido de tardia, ou seja, indolente; (figurativamente) cansativo – preguiçoso ao fazer o bem.
- Sede fervorosos de espírito ζεοντες   verbo - presente particípio ativo - nominativo plural masculino ser quente, ou seja, ser fervoroso (sério) – a este é correspondente ao exortar-nos ao fervor no Espírito Santo é Ele que nos conduz a fazer todas as coisas, porque o que fazemos , não o fazemos para nós , mas sim para Deus.
Quando estudamos o versículo 12 “regozijai-vos na esperança, sede paciente na tribulação, na oração, perseverantes;”
Da mesma forma este versículo esta ligado ao texto que nos mostra também três exortações:
-A primeira é que sejamos felizes e alegres, χαιροντες   verbo - presente particípio ativo - nominativo plural masculino :   ser alegre, ou seja, calmamente feliz ou, especialmente, estar bem em qualquer circunstancia
 -A segunda é ser pacientes mesmo passando por tribulações, ao que se usa a palavra  θλιψει-  substantivo - dativo singular feminino no sentido de pressão – aflitos ,angústia, sobrecarregados, perseguição, tribulação, porque embora não saibamos o que esta para acontecer, cremos que Deus tem o melhor para aqueles que são seus filhos.
-A terceira é que sejamos perseverantes na oração, onde nos ensina a não deixarmos de orar em hipótese alguma “em qualquer situação”
No versículo 13 lemos “compartilhai as necessidadeí dos santos; praticai a hospitalidade;”
Concluímos a exegese da Perícope onde o apostolo Paulo usando as palavras χρειαις   substantivo - dativo plural feminino :  ou seja, um caso, a necessidade ou, falta.
φιλοξενιαν  substantivo - acusativo singular feminino no sentido : entreter o estranho, hospitalidade.
Define a pratica dos filhos de Deus em relação aos irmãos que estão ao seu lado, mas não no sentido de compartilhar das necessidades dos santos, mas sim de participar das suas necessidades, o substantivo correspondente significa praticante, pois podemos encontrá-lo também em (Mt 23.30;1Co 10.18-20) sendo usado como no sentido de termos que nos identificar com as necessidades dos santos.
Ao usar o verbo praticar- διωκοντες   verbo - presente particípio ativo - nominativo no sentido de: perseguir, por implicação, perseguem, fazer acontecer.
Não podemos simplesmente saber das necessidades dos irmãos e deixar de lado ou fazer de conta que esta tudo bem, no sentido de fazer vistas grosas, mas sim transformar em ação, para desta forma cumprimos com aquilo que nos pede não o Apostolo Paulo, mas sim Cristo Jesus.





segunda-feira, 10 de junho de 2013

Controvérsia Pascal

Este trabalho tem como finalidade discorrer sobre o assunto que foi polemico na historia da Igreja primitiva e dura a te os dias de hoje que é a controvérsia pascal. Espero que ao terminar este trabalho fiquem bem claras as decisões e as razões pelo qual foi levantado este assunto.

Páscoa

A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que não é fixo em relação ao calendário civil. O Primeiro Concílio de Nicéia (325) estabeleceu a data da Páscoa como o primeiro domingo depois da lua cheia (a Lua cheia Pascal) após o equinócio de março. Eclesiástica, o equinócio é contado para ser no dia 21 de março (mesmo que o equinócio ocorra, astronomicamente falando, em 20 de março, na maioria dos anos), e não é necessariamente a data astronômica correta. A data da Páscoa, portanto, varia entre 22 de março e 25 de abril. A cristandade oriental baseia seus cálculos no calendário Juliano, cuja 21 de março corresponde, durante o século 21, a 3 de Abril no calendário gregoriano, em que a celebração da Páscoa, portanto, varia entre 04 de abril e 8 de maio.
A Páscoa está ligada à Páscoa judaica por muito de seu simbolismo, assim como por sua posição no calendário. Em muitas línguas, as palavras para "Páscoa" são etimologicamente relacionadas entre si não havendo outro significado para a palavra.

Nomes usados para definir  Páscoa

O equivalente da Páscoa e do Tríduo pascal do século segundo foi chamado por ambos os escritores grego e latim Pascha, derivado do termo hebraico Pessach (פֶּסַח), conhecido em Inglês como Páscoa, a festa judaica que comemora a história do Êxodo. Paulo escreve em Éfeso que "Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós", embora os cristãos de Éfeso não fossem os primeiros a ouvir que Êxodo 12 falou sobre a morte de Jesus. Na maioria dos que não falam Inglês mundo, a festa hoje é conhecida pelo nome de Páscoa e palavras dele derivado.

Significado teológico

O Novo Testamento ensina que a ressurreição de Jesus, que celebra a Páscoa, é um fundamento da fé cristã. A ressurreição estabeleceu Jesus como o poderoso Filho de Deus e é citado como prova de que Deus julgará o mundo em justiça. Deus deu aos cristãos "um novo nascimento para uma viva de esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos". Os cristãos, por meio da fé no poder de Deus, são espiritualmente ressuscitados com Jesus para que andem em uma nova forma de vida.
Páscoa está ligada à Páscoa e Êxodo do Egito registrada no Antigo Testamento através da ultima Ceia e a crucificação que precedeu a ressurreição. De acordo com o Novo Testamento, Jesus deu a ceia pascal um novo significado, como ele se preparou e também preparou seus discípulos para a sua morte no cenáculo durante a última ceia. Ele identificou o cálice de vinho como sendo seu corpo prestes a ser sacrificado e seu sangue que em breve seria derramado. Paulo afirma: "Livrar-se do velho fermento e que você pode ser um novo lote sem fermento, como realmente são por Cristo, nosso cordeiro pascal, que foi imolado."; refere-se à exigência da Páscoa não ter fermento na casa e para a alegoria de Jesus como o cordeiro pascal.
A interpretação do Evangelho de João é que Jesus, como o cordeiro pascal, foi crucificado em aproximadamente o mesmo tempo em que os cordeiros pascais estavam sendo mortos no templo, na tarde do dia 14 de Nisã. As instruções bíblicas especificam que o cordeiro deve ser morto "entre as duas noites", ou seja, no crepúsculo. Pelo período romano, no entanto, os sacrifícios foram realizados no meio da tarde. ("Eles sacrificavam a partir do nono para a décima primeira hora"). Philo, Leis Especiais ("Muitos milhares de vítimas do meio-dia até o entardecer são oferecidos por todo o povo"). Essa interpretação, no entanto, é incompatível com a cronologia dos Evangelhos Sinóticos. Assume-se que o texto traduzido literalmente "a preparação da Páscoa" em João 19:14 refere-se a 14 de Nisã (dia da preparação para a Páscoa) e não necessariamente para (sexta-feira, dia da preparação para a Páscoa semana Sabbath) e que é o desejo dos sacerdotes para ser um ritualmente puro, a fim de "comer a Páscoa" refere-se a comer o cordeiro pascal, e não às ofertas públicas realizadas durante os dias dos pães asmos.

A Igreja Primitiva

Os primeiros cristãos, judeus e gentios, certamente estavam cientes do calendário hebraico, mas não há nenhuma evidência direta de que eles celebraram os festivais anuais especificamente cristãos. Os cristãos de origem judaica foram os primeiros a celebrar a ressurreição de Jesus. Desde a data da ressurreição estava perto o momento da Páscoa, eles provavelmente celebravam a ressurreição como uma nova faceta da festa da Páscoa.
A evidência direta para a festa da Páscoa começa a aparecer em meados do século. Talvez a mais antiga fonte primária existente referenciando Páscoa é um pascal-segundo meados do século homilia-(exortação religiosa fundada num ponto do evangelho),atribuído a Melito de Sardes, o que caracteriza a celebração bem-estabelecida. A evidência para outro tipo de festival cristão anual, a comemoração dos mártires, começa a aparecer em aproximadamente ao mesmo tempo como evidência para a celebração da Páscoa. Mas, enquanto o dia dos mártires que eram geralmente em datas individuais de martírio foi comemorado em datas fixas no calendário solar local, a data da Páscoa foi fixada por meio do calendário lunisolar judaica local. Isto é consistente com a celebração da Páscoa ter entrado no cristianismo durante o seu primeiro período, mas isso não deixa a questão livre de dúvida.
“O eclesiástico historiador Sócrates Escolástico atribui a observância da Páscoa pela igreja para a perpetuação de seu costume”, “assim como muitos outros costumes foram estabelecidos”, afirmando que nem Jesus nem os Apóstolos ordenaram a manutenção deste ou de qualquer outro festival. Embora ele descreva os detalhes da celebração da Páscoa como decorrente do costume local, ele insiste que a festa em si é universalmente observada.

A discussão então levantada a respeito da Páscoa.
Surgiu, nessa época, considerável discussão em conseqüência de uma diferença de opinião a respeito da observância do período de páscoa. As igrejas de toda a Ásia, dirigidas por uma tradição remota, supunham que deviam guardar o décimo quarto dia da lua para a festa da páscoa do Salvador, em cujo dia os judeus tinham ordens de matar o cordeiro pascal; e eles eram incumbidos, todas vezes, de encerrar o jejum naquele dia, qualquer que fosse o dia da semana em que recaísse. Mas não era costume celebrá-la dessa maneira nas igrejas do restante do mundo, que observam a prática que subsistiu pela tradição apostólica até o presente, de modo que não seria próprio encerrar nosso jejum em nenhum outro dia, senão no dia da ressurreição de nosso Salvador. Assim, houve sínodos e convocações dos bispos em torno dessa questão; e todos unanimemente formularam um decreto eclesiástico que comunicaram a todas as igrejas em todos os lugares: que o mistério da ressurreição de nosso Senhor não devia ser celebrado em nenhum outro dia, senão no Dia do Senhor e que somente nesse dia devíamos observar o encerramento dos jejuns pascais. Ainda hoje existe uma epístola dos que se reuniram naquela ocasião; entre os quais presidia Teófilo, bispo da igreja de Cesaréia, e Narciso, bispo de Jerusalém. Subsiste ainda outra epístola acerca da mesma questão, a qual leva o nome de Vítor. Também uma epístola dos bispos de Ponto, entre os quais presidia Palmas, por ser mais velho; também das igrejas da Gália, sobre as quais presidia Irineu. Além disso, uma dos de Osroene e das cidades dali. E em especial uma epístola da parte de Baquilo, bispo dos coríntios, e epístolas de muitos outros que, apresentando a mesma única doutrina também expressam o mesmo voto. E isto, a determinação unânime deles, foi aquela já mencionada.

A dissensão das igrejas na Ásia
Os bispos, porém, da Ásia, perseverando na observância do costume transmitido a eles por seus pais, eram liderados por Polícrates. Este, de fato, havia estabelecido a tradição transmitida a eles numa carta dirigida a Vítor e à igreja de Roma. “Nós”, dizia ele, “assim, observamos o dia genuíno, sem pôr nem tirar. Pois na Ásia grandes luzes já dormem, as quais ressuscitarão no dia da manifestação do Senhor, em que Ele virá do céu com glória e levantará todos os santos; Filipe, um dos doze apóstolos, que dorme em Hierápolis, e suas filhas virgens idosas. Sua outra filha, também, tendo vivido sob a influência do Santo Espírito, agora igualmente repousa em Éfeso. Além disso, João, que descansou no seio de nosso Senhor; que também era sacerdote, vestindo a placa sacerdotal, mártir e também mestre. Ele está sepultado em Éfeso; também Policarpo de Esmirna, ambos bispos e mártires. Também Traséias, bispo e mártir de Eumênia, sepultado em Esmirna. Por que eu mencionaria Sagaris, bispo e mártir, que repousa em Laodicéia, além dele, o bendito Papírio e Melito, o eunuco, cujo andar e conversão foram totalmente influenciados pelo Espírito Santo, que agora descansa em Sardes, aguardando o episcopado do céu, quando se levantará dos mortos? Todos eles observaram o décimo quarto dia da páscoa de acordo com o evangelho, não se desviando em nada, antes, seguindo a regra de fé. Além disso, eu, Polícrates, o menor de vós todos, de acordo com a tradição de meus parentes, alguns dos quais segui. Pois houve sete bispos parentes meus, sendo eu o oitavo; e meus parentes sempre observaram o dia em que o povo (isto é, os judeus) lançavam fora o fermento. Eu, portanto, irmãos, vivo agora há sessenta e cinco anos no Senhor e, tendo estudado todas as Escrituras Sagradas não me alarmo com essas coisas com que sou ameaçado para me intimidar. Pois os que são maiores que eu disseram: 'devemos obedecer a Deus e não a homens'”.
Depois disso, Polícrates também passa a escrever a respeito de todos os bispos que estavam presentes e pensavam como ele: “Eu poderia também mencionar”, diz ele, “os bispos que estavam presentes, a quem solicitastes que eu reunisse e a quem reuni. Seus nomes, caso os escrevesse, somariam grande número. Esses, portanto, vendo meu corpo delgado, concordaram com a epístola, bem sabendo que meus cabelos brancos não o são em vão, mas que em todo o tempo regulei minha vida no Senhor Jesus”.
Com isso Vítor, o bispo da igreja de Roma, logo se empenhou em desligar da unidade comum as igrejas de toda a Ásia, juntamente com as igrejas adjacentes, considerando-as heterodoxas. E ele publica anunciando por meio de cartas e proclama que todos os irmãos de lá estão totalmente excomungados. Mas essa não foi a opinião de todos os bispos. Eles o exortaram de imediato, pelo contrário, para considerar aquele curso calculado para promover a paz, a unidade e o amor mútuo.
Também restam as expressões que empregaram para pressionar com grande severidade a Vítor. Entre eles também estava Irineu que, em nome dos irmãos da Gália, sobre os quais presidia, escreveu uma epístola em que defende a obrigação de celebrar o mistério da ressurreição de nosso Senhor apenas no dia do Senhor. Ele também admoesta convenientemente Vítor a não cortar igrejas inteiras de Deus que observassem a tradição de um costume antigo. Depois de muitos outros assuntos apresentados por ele, Irineu também acrescenta o seguinte: “Pois a disputa não só gira em torno do dia, mas também em torno da maneira de jejuar. Pois alguns pensam que devem jejuar apenas um dia, alguns dois, alguns mais dias; alguns calculam um dia que consiste em quarenta horas, dia e noite; e essa diversidade que existe entre os que o observam não é só uma questão que acabou de surgir em nossos dias, mas há muito, entre os que viveram antes de nós, que, talvez, não tendo regulado com rigidez suficiente, estabeleceram a prática que nasceu de sua simplicidade e inexperiência. E ainda assim, com todos eles mantiveram paz e mantemos paz uns com os outros; e a própria diferença em nosso jejum estabelece a unidade em nossa fé”.
A isso Irineu também acrescenta uma narrativa que posso aqui inserir com proveito. A narrativa é a seguinte: “E aqueles presbíteros que governaram a igreja antes de Sotero e sobre a qual presidis agora, digo Aniceto e Pio, Higino com Telésforo e Xisto, também não o observaram e não permitiram que seus seguidores o observasse. Ainda assim, ainda que eles mesmo não o observassem, nem por isso tiveram menos paz com os das igrejas em que aquilo era observado, sempre que vinham a eles; ainda que guardá-lo, então, fosse mais uma oposição aos que não o guardavam. E também em tempo algum desligaram alguém só por causa da forma. Mas os próprios presbíteros diante de vós, que não o observavam, enviaram a eucaristia àqueles das igrejas que o observavam. E quando o bendito Policarpo foi à Roma, nos dias de Aniceto, e tiveram pequena desavença entre eles igualmente a respeito de outras questões, reconciliaram-se de imediato, sem discutir muito um com o outro nesse assunto. Pois nem Aniceto conseguiu persuadir Policarpo a não observá-lo, porque ele sempre o observara com o apóstolo João e o restante dos apóstolos com quem se associara; nem Policarpo persuadiu Aniceto a observá-lo, pois este dizia que era obrigado a manter a prática dos presbíteros anteriores a ele. Sendo assim, eles comungaram um com o outro e, na igreja, Aniceto cedeu a Policarpo, sem dúvida por respeito, o ofício de consagrar; e se separaram em paz, ficando toda a igreja em paz; tanto os que observavam como os que não, mantendo a paz”.
E esse mesmo Irineu, como alguém cujo caráter condiz bem com o nome, sendo desse modo promotor da paz, exortou e negociou questões tais como essa pela paz das igrejas. E não apenas a Vítor mas igualmente à maior parte dos outros bispos das igrejas, enviou cartas de exortação sobre questões controvertidas.

Todos concordam com uma opinião acerca da Páscoa
Os bispos, de fato, da Palestina, a quem acabamos de mencionar, Narciso e Teófilo, e Cássio com eles, o bispo da igreja de Tiro, e Claro de Ptolemaida, e os que se juntaram a eles, tendo discutido muitos pontos a respeito da tradição que lhes fora legada pelos apóstolos, empregaram as seguintes palavras em relação à páscoa, no final da epístola: “Procurai enviar cópias da epístola a toda a Igreja, para não darmos ocasião às mentes facilmente desviáveis. Mas também vos informamos que em Alexandria observam o mesmo dia que nós, de modo que celebramos o período santo de coração unânime e na mesma ocasião”.

Digressões sobre a Questão da Celebração da Páscoa Fonte: Hefele ("História dos Concílios" vol. 1, pp. 328 e seguintes)

Utilizo-me aqui das informações contidas no site.


As diferenças no modo de fixar o período da Páscoa não desapareceram, de fato, após o Concílio de Nicéia. Alexandria e Roma não chegaram a um acordo, seja porque uma das duas Igrejas negligenciou o cálculo da Páscoa, seja porque a outra o considerou imperfeito. Na verdade, está provado, pela antiga tabela da Páscoa da Igreja Romana, que o ciclo de 84 anos continuou a ser usado em Roma, como antes. Este ciclo diferia de vários modos do de Alexandria, e nem sempre concordava com ele quanto ao período da Páscoa. Os romanos usavam um método bastante diferente dos Alexandrienses.
a. Os romanos calculavam usando a Epacta (excesso do ano solar sobre o ano lunar: cerca de 11 dias), e começavam a contar do primeiro dia de janeiro;
b. Os romanos erravam colocando a lua cheia um pouco mais cedo, enquanto os Alexandrienses, um pouco mais tarde;
c.  Em Roma se supunha que o equinócio caísse em 18 de março, enquanto que em Alexandria era colocado do dia 21 de março;
d.  Finalmente, os romanos ainda diferiam também dos gregos pelo fato de não celebrarem a Páscoa no próximo dia, quando a lua caía num sábado.
Mesmo no ano seguinte ao Concílio de Nicéia, em 326, como também em 330,333,340,341,345, os Latinos celebraram a Páscoa num dia diferente dos Alexandrienses.
Para por fim a esse mal entendido, o Sínodo de Sardes, em 343, como lemos nas cartas de Santa Atanásio sobre a Festa, recentemente descobertas, levantou-se de novo a questão da Páscoa, e vieram as duas partes (Alexandrienses e Romanos) para regular por meio de mútuas concessões um dia comum para a Páscoa para os próximos cinco anos. Este compromisso, após uns poucos anos, não foi mais observado. As perturbações causadas pela heresia de Ário e a divisão que causou entre o Ocidente e o Oriente, impediram que o decreto de Sardes fosse posto em execução.
Logo, o Imperador Teodósio, o Grande, após o restabelecimento da paz na Igreja, achou-se obrigado a tomar novas medidas para obter uma uniformidade completa na maneira de celebrar a Páscoa. Em 387, os Romanos celebraram a Páscoa em 21 de março e os Alexandrienses não a celebraram senão 4 semanas mais tarde, ou seja, 25 de abril, porque para eles o equinócio não foi 21 de março. O Imperador Teodósio, o Grande, então perguntou a Teófilo, Bispo de Alexandria qual a explicação da diferença. O bispo respondeu ao desejo do Imperador e fez uma tabela cronológica das Festas de Páscoa baseada sobre os princípios reconhecidos pela Igreja de Alexandria. Infelizmente, não possuímos senão o prólogo dessa obra.
Por uma solicitação de Roma, Santo Ambrósio também mencionava o período dessa mesma Páscoa em 387, em sua carta aos bispos de Emilia, e comparou com o cálculo de Alexandria. Cirilo de Alexandria abreviou a tabela pascal de seu tio Teófilo e fixou o tempo para as 99 próximas Páscoas, ou seja, de 436 a 531. Anexa a ela Cirilo demonstrou, numa carta ao Papa, que havia defeito no cálculo latino. Esta demonstração foi de novo levada, algum tempo depois, por ordem do Imperador, por Pasquasino, Bispo de Lilibeum, e Protino, de Alexandria, com uma carta ao Papa Leão I. Em conseqüência dessas comunicações, o Papa Leão freqüentemente deu preferência ao cálculo Alexandriense, em lugar do da Igreja de Roma. Ao mesmo tempo, também foi estabelecida a definição tão pouco considerada pelas antigas autoridades da Igreja, poder-se-ia mesmo dizer, tão firmemente em contradição a seus ensinamentos, que Cristo participou da Páscoa no dia 14 do mês hebraico de Nisan, que morreu no dia no dia 15 (e não em 14, como os antigos consideravam), que permaneceu no sepulcro no dia 16 e ressuscitou no dia 17. Na carta que agora mencionamos, Protero de Alexandria admitiu publicamente todos esses diferentes pontos.
Alguns anos mais tarde, em 457, Vítor de Aquitânia, por ordem do Arquidiácono romano Hilário, esforçou-se para fazer os cálculos romanos e alexandrienses concordarem. Conjectura-se que, subseqüentemente, Hilário, quando Papa, pôs o cálculo de Vítor em uso, em 456, isto é, ao mesmo tempo em que o ciclo de 84 anos chegou ao seu término. No próximo ciclo as luas novas foram definidas mais acuradamente, e as diferenças principais existentes entre os cálculos latinos e gregos desapareceram, de modo que a Páscoa dos Latinos geralmente coincidia com a de Alexandria, ou faltava muito pouco para que assim acontecesse. Nos casos em que o, em grego "ïd" caia num sábado, Vítor não quis decidir se a Páscoa deveria ser celebrada no próximo dia, como faziam os alexandrienses, ou se deveria ser adiada por uma semana. Ele indicou ambas as datas em sua tabela e deixou que o Papa decidisse sobre o que se faria em cada caso.
Mesmo após os cálculos de Vítor, ainda permaneceram grandes diferenças na forma de fixar a celebração da Páscoa, e foi Dionísio, o Pequeno, que primeiro as ultrapassou completamente, dando aos Latinos uma tabela pascal tendo por base o ciclo de 19 anos. Este ciclo correspondia perfeitamente com o de Alexandria e então se estabeleceu a harmonia que tinha sido há tanto procurada em vão. Ele mostrou a vantagem de seus cálculos tão firmemente que foram admitidos por Roma e por toda a Itália, enquanto quase toda a Gália permaneceu fiel à regra de Vítor, e a Grã-Bretanha ainda usava o ciclo de 84 anos, um pouco melhorado por Sulpício Severo.
Quando a Herptarquia (conjunto dos reinos anglo-saxãos nos séc.VI a IX) foi evangelizada pelos missionários romanos, os novos convertidos aceitaram os cálculos de Dionísio, enquanto as antigas igrejas de Gales continuaram com sua velha tradição. Daí surgiu a bem conhecida divergência britânica sobre a celebração da Páscoa, que foi levada por Columbano para Gaul. Em 729, a maioria das antigas igrejas britânicas aceitaram o ciclo de 19 dias. Ele tinha sido antes introduzido na Espanha, imediatamente após a conversão de Recaredo.
Finalmente, no Império de Carlos Magno, o ciclo de 19 dias triunfou sobre todas as oposições e assim toda a Cristandade ficou unida, porque os quartodecimanos haviam gradualmente desaparecido.


Reforma da data

No século 20, alguns indivíduos e instituições têm defendido uma data fixa para a Páscoa, a proposta mais proeminente sendo o domingo após o segundo sábado de abril. Apesar de ter algum apoio, propostas de reforma à data não foram implementadas. Um Ortodoxo congresso de bispos ortodoxos orientais, que incluiu representantes na maior parte do Patriarca de Constantinopla e Patriarca da Sérvia, reuniu-se em Constantinopla em 1923, quando os bispos concordaram com o calendário Juliano revista.
A forma original deste calendário teria determinado a Páscoa usando cálculos astronômicos precisos com base no meridiano de Jerusalém. No entanto, todos os países Ortodoxos Orientais que, posteriormente, adotaram o calendário Juliano revisto adotado apenas a parte do calendário de revista que aplicada a festivais que caem em datas fixas no calendário Juliano. A revisão do cálculo da Páscoa que tinha sido parte do acordo original 1923 nunca foi definitivamente implementado em qualquer diocese ortodoxa.
No Reino Unido, a Lei de Páscoa 1928 estabelecido a legislação para permitir que a data da Páscoa a ser fixado como o primeiro domingo após o segundo sábado de abril (ou, em outras palavras, a domingo, no período de 9 a 15 de abril). No entanto, não foi implementada a legislação, embora permaneça no livro Estatuto e poderia ser implementada sujeita à aprovação pelas várias igrejas cristãs. Em uma reunião de cúpula em Aleppo, na Síria, em 1997, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), propôs uma reforma no cálculo da Páscoa, que teria substituído as atuais práticas divergentes de calcular a Páscoa com o conhecimento científico moderno tendo em conta casos reais astronômicas do equinócio da primavera e lua cheia baseado no meridiano de Jerusalém, ao mesmo tempo, na seqüencia do Conselho de Nicéa posição de ser a Páscoa no domingo seguinte à lua cheia. O Conselho Mundial de Igrejas recomendado alterações teria contornado os problemas de calendário e eliminou o diferença de data entre as igrejas orientais e ocidentais. A reforma foi proposta para a execução a partir de 2001, mas não foi finalmente adotado por qualquer membro do corpo.

Orientais versus Ocidentais em relação a data da Páscoa

Historicamente, as igrejas ocidentais usaram o calendário gregoriano para calcular a data da Páscoa e igrejas ortodoxas orientais usaram o calendário Juliano . Este foi, em parte, porque as datas eram raramente as mesmas.
Páscoa e seus feriados relacionados não cair em uma data fixa, quer em gregoriano ou calendários Juliano, tornando-os feriados móveis. As datas, em vez disso, são baseados em um calendário lunar muito parecido com o calendário hebraico .
Enquanto algumas Igrejas ortodoxas orientais, não só mantinham a data da Páscoa com base no Calendário Juliano, que estava em uso durante o Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, em 325 dC, eles também usam o real, lua cheia astronômica e o equinócio vernal real como observado ao longo do meridiano de Jerusalém. Isso complica o assunto, devido à imprecisão do calendário Juliano, e os 13 dias que acumularam desde 325 dC. Isto significa que, a fim de permanecer em linha com o estabelecido originalmente (325 dC) equinócio vernal, Páscoa ortodoxa não pode ser celebrado perante 03 de abril (dia atual calendário gregoriano), que foi 21 de março, em 325 dC.
Além disso, de acordo com a regra estabelecida pelo Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, a Igreja Ortodoxa Oriental aderiu à tradição que a Páscoa sempre deve cair após a Páscoa judaica, desde a ressurreição de Cristo aconteceu após a celebração da Páscoa. Eventualmente, a Igreja Ortodoxa surgiu com uma alternativa para calcular a Páscoa com base no calendário gregoriano, e desenvolveram um ciclo de 19 anos, ao contrário da Igreja Ocidental 84 anos-ciclo.
Desde os dias de história da igreja primitiva, a determinação da data exata da Páscoa tem sido um assunto para discussão continua. Por um lado, os seguidores de Cristo esqueceram de registrar a data exata de Jesus ‘ ressurreição . A partir de então o assunto cresceu cada vez mais complexo.



Observância religiosa

A festa da Páscoa é mantida em muitas maneiras diferentes entre os cristãos ocidentais. A tradicional observação, litúrgico da Páscoa, tal como praticada entre católicos, luteranos, e alguns anglicanos começa na noite do Sábado Santo com a Vigília Pascal. Esta, a liturgia mais importante do ano, começa na escuridão total com a bênção do fogo Páscoa, a iluminação do grande círio pascal (símbolo de Cristo ressuscitado) e o canto do Exultet ou Proclamação da Páscoa atribuída a Santo Ambrósio de Milan. Após este serviço de luz, uma série de leituras do Antigo Testamento é lida estes contar as histórias de criação, o sacrifício de Isaac, a travessia do Mar Vermelho, e a anunciada vinda do Messias. Esta parte do serviço culmina com o canto do Glória e da Aleluia e do anúncio do Evangelho da Ressurreição. Neste momento, as luzes são criadas e os sinos da igreja são degrau, de acordo com o costume local. Um sermão pode ser pregado após o evangelho. Em seguida, o foco se move a partir do púlpito para a fonte. Antigamente, a Páscoa foi considerada o momento ideal para os convertidos para receber o Batismo, e esta prática continua dentro do Catolicismo Romano e da Comunhão Anglicana. Se há batismos neste momento ou não, é tradicional para a congregação para renovar os votos de fé batismal. Este ato é muitas vezes selado pela aspersão da congregação com água benta da fonte. O sacramento católico da confirmação também é comemorado na Vigília.
                                                  
Aqui descrevo o comentário do autor Harry R. Boer que em seu livro História da Igreja Primitiva que nos auxilia a entender segundo seus conhecimentos a controvérsia Pascal.

Historia de la Iglesia primitiva
Por Harry R. Boer

A polêmica "Quartodeciman"
A indicação mais importante da autoridade da igreja romana exercidas no início aparece em  conexão com a controvérsia da Páscoa. Esta disputa é conhecida na história da igreja, como a controvérsia "Quartodeciman" (a palavra Quartodecimus latim significa XIV). Ele quis dizer o dia da semana em que era para comemorar a morte do Senhor.
A maior parte da igreja liderada por Roma e as igrejas da Ásia Menor guiada Éfeso. É evidente a partir do Evangelho de João que Jesus foi crucificado na sexta-feira Páscoa semana. Acredita-se que esta sexta-feira foi o décimo quarto dia de Nisan, o primeiro mês do calendário judaico. A igreja na Ásia Menor, influenciada em parte pela Costume judaico, comemorando a morte de Cristo como o cordeiro pascal sacrificado para os pecadores e, portanto, fez no décimo quarto dia do mês lunar, independentemente tendo em conta o dia da semana. O resto da igreja celebra a ressurreição no primeiro dia da semana e, portanto, comemorando a morte de Cristo na sexta-feira que antecede a Domingo.
Ambas as seções da igreja queriam que o outro aceitasse o seu costume. Se mantido os dois modos, na Ásia Menor, uma vez a cada sete anos da morte de Cristo, realizada em o mesmo domingo, quanto as outras igrejas em comemoração da ressurreição. Em Roma, este era um problema sério, já que muitos cristãos asiáticos que vivem permanentemente na cidade. Por essa razão, Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa são, por vezes, realizada ao mesmo tempo. No ano 153, Policarpo, bispo de Esmirna, tentou convencer Aniceto o bispo de Roma a aceitar o costume asiático. Ele apelou para a Tradição asiática que receberam o mesmo apóstolo João, por sua vez, fez Aniceto referência à tradição romana quanto recebeu de Pedro e Paulo. Eles não puderam chegar a um acordo, mas eles se separaram amigavelmente depois de Policarpo foi administrada a Comunhão como Aniceto convidado em Roma. Essa discordância foi, no entanto, que todos os problemas não podiam ser determinada com base no exemplo, ou trato apostólica.
Quarenta anos mais tarde, a questão tomou um rumo mais sério. Victor, bispo de Roma, requereu de  Polícrates, bispo de Éfeso, o consentimento de todos os bispos. Os asiáticos e a seguir o costume romano. Estes, com as Policrates de cabeça, recusou.Victor tinha apelado à sua autoridade apostólica e Polycrates entretanto recorreu ao exemplo Juan apostólica. Consequentemente, Victor ameaçou excomungar as igrejas Asiática. Todos estes manifestaram o seu descontentamento com a ação agressiva de Victor. Irineu escreveu pedindo-lhe para não causar a ruptura das relações com as igrejas da Ásia. O Vencedor não cumpriu sua ameaça, mas fez concedida a autoridade e as reivindicações de Roma. No curso dessa disputa, ganhou o apoio dos sínodos em igrejas, com exceção da Ásia Menor. Isso mostrou o poder de Roma, mesmo que ele não podia forçar. Ásia obedecer. Além disso, a disputa mostrou que a regra apostólica não poderia aplicar-se sempre. No entanto, a influência de Roma, sempre maior, continuou crescente. (Mais tarde veremos que em muitos casos de disputas e divergências na geralmente igreja de Roma era a opinião decisiva.) Cartago
No terceiro século, Cartago era o mais importante e influente da província África romana. Sua história é ainda mais antiga do que Roma. Cartago tinha sido fundada pelos fenícios por volta de 800 aC Cresceu em tamanho e prosperidade, subjugando população berbere indígena. Por volta do ano 270 aC o Interesses de Roma e Cartago estavam em conflito, o que resultou em três Guerras púnicas em que Roma ficou completamente vitorioso. Em 146, no final da última dessas guerras, Cartago foi completamente destruída. Durante o reinado de Augusto César (27 aC-14 dC), Cartago foi organizado como uma província romana, e a partir de então avançar rapidamente recuperou sua força e voltou a ser uma cidade grande. Por volta do ano 200 D.C. tinha uma população quase igual e riqueza para Roma. A população de Cartago e região circundante consistia principalmente de três grupos: berberes, principalmente agricultores e trabalhadores, fenícios e cartagineses, que eram de classe média, e os romanos, quem eram os proprietários do imóvel e grandes empresas comerciais, e formou e da classe alta. Ele falava três línguas: berbere, Púnicas e latim.


Por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia todos os anos?
O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Concílio de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária – conhecida como a “lua eclesiástica”).
A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a seqüência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”. De fato, a seqüência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano.
Curiosidade.
Tabela com as datas da Páscoa até 2020
·  2000: 23 de Abril (Igrejas Ocidentais); 30 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2001: 15 de Abril
·  2002: 31 de Março (Igrejas Ocidentais); 5 de Maio (Igrejas Orientais)
·  2003: 20 de Abril (Igrejas Ocidentais); 27 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2004: 11 de Abril
·  2005: 27 de Março (Igrejas Ocidentais); 1 de Maio (Igrejas Orientais)
·  2006: 16 de Abril (Igrejas Ocidentais); 23 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2007: 8 de Abril
·  2008: 23 de Março (Igrejas Ocidentais); 27 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2009: 12 de Abril (Igrejas Ocidentais); 19 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2010: 4 de Abril
·  2011: 24 de Abril
·  2012: 8 de Abril (Igrejas Ocidentais); 15 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2013: 31 de Março (Igrejas Ocidentais); 5 de Maio (Igrejas Orientais)
·  2014: 20 de Abril
·  2015: 5 de Abril (Igrejas Ocidentais); 12 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2016: 27 de Março (Igrejas Ocidentais); 1 de Maio (Igrejas Orientais)
·  2017: 16 de Abril
·  2018: 1 de Abril (Igrejas Ocidentais); 8 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2019: 21 de Abril (Igrejas Ocidentais); 28 de Abril (Igrejas Orientais)
·  2020: 12 de Abril (Igrejas Ocidentais); 19 de Abril (Igrejas Orientais)

Mesmo em meio as dificuldades para levantar dados para este trabalho, por se bem pouco os livros na linguagem “Português” acredito ter encontrado informações preciosas para um bom conhecimento a respeito do assunto sugerido A polêmica "Quartodeciman", ou seja, “Controvérsia Pascal.

Bibliografia
Justo L. González, “Uma História do Pensamento Cristão”, Ed. Cultura Cristã, 2004, vol. I).
Bíblia sagrada
“História do Pensamento Cristão”, Ed. Aste, 2000
“João Távora, “História do Mundo Bíblico” Ed. Reader’s Digest”
 “Manual de Patrologia” (Ed. Vozes, 2003)
Adalbert – G. Hamman em “Os Padres da Igreja”, Ed. Paulus, 1995
“Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristã”, Ed. Vozes e Ed. Paulinas, 2002
“História do Cristianismo”, Ed. Imago, 2001

Editora UNILIT , Historia de la Iglesia primitiva Facultad Latinoamericana de Estudios Teolológicos, Harry R. Boer



Páscoa Fonte: Hefele ("História dos Concílios" vol. 1, pp. 328 e seguintes)



domingo, 9 de junho de 2013

Daniel 6.10-13 Vencendo os leões

PREGAÇÃO JAMBEIRO 09-06-2013
Daniel 6.10-13 Atos 16.22-26
-Tema: FIDELIDADE E ORAÇÃO
 Introdução
- Babilônia é derrotada em uma única noite pelo Império Medo-Persa.
Dario, o Medo conquista a Babilônia: v.1-9
Dario organiza o império:v.1,2
Daniel sobrevive à invasão do Império Medo-Persa e é escolhido pelo rei Dario para ser presidente no Império: v.2,3
Todos tinham inveja de Daniel e procuravam alguma coisa contra ele. Mas Daniel era fiel ao rei e só desobedeceria ao rei para obedecer a Deus: v.5
1- Começa ai a perseguição a Danielv.6-9
Os Presidentes, Governadores e Sátrapas foram ao rei Dario e pediram que assinasse um decreto: v.6
 A partir de então todas as pessoas deveriam considerar o rei Dario como um deus e orar somente a ele por trinta dias: v.7,8
Quem não obedecesse seria lançado numa cova com os leões.
O decreto foi assinado e divulgado: v.8,9
Todas as pessoas adoravam ao rei Dario fazendo-lhe pedidos.
                     2- O exemplo de Danielv.10-17
A reação de Daniel foi orar A DEUS E PEDIR A DEUS: v.10-17
Daniel orava 3 vezes ao dia em sua janela olhando para Jerusalém.
Por que Daniel orava em sua janela olhando para Jerusalém?
Porque as Escrituras já ensinavam: “Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.” Salmos 122.6
A exemplo de Daniel a nós: Devemos orar a Deus e não a homens
Embora o rei tivesse assinado o interdito isto não mudava a fidelidade de Daniel a Deus. Sabe porque
- Não teve medo;    [Paulo e Silas Tb. Não tiveram e libert. A moça] Atos 16.16-18 [ler] muitas vezes paramos na caminhada porque temos medo.
- Não teve vergonha; continuou orando como de costume 3 X ao dia de janela aberta Dn 6.10  [proclamavam a Deus e a ressurreição] devemos ser crentes a todo momento.[Atos 16.17]
- Disciplina; foi levado calado para a cova com os leões Dn 6.16.....[Mesmo açoitados e acorrentados. Foram para cárcere de boca calada [Atos 16.22-23]
- Constância; não viam aquele momento como derrota, mas uma oportunidade para promover o nome de Deus [em Cristo]. Oravam e cantavam. [independente da circunstancia o louvor e a adoração deve estar em nossos lábios. [Atos 16.25]
- Perseverança; não voltou a traz e até amanhecer, com certeza ficou na intimidade com Deus até abrirem a cova [Eles não pararam de cantar e louvar até Deus entrar com providencia [Atos 16.26]
AQUELES HOMENS FIZERAM DE TUDO PARA DESTRUIR A VIDA DE DANIEL
3- O livramento de Deus para Danielv.22
Os leões tiveram que dormir sem comer.
Por que Daniel não teve medo dos leões? O seu medo foi substituído pela confiança em Deus.
Daniel não estava sozinho! E A PALAVRA DE DEUS NOS DIZ
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”
 I Pedro 5.8
“O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.” Salmos 34.7
-CONCLUSÃO
E você?
Se você caísse em uma cova com leões? O que faria? Teria medo?
Que tipo de Leão você tem enfrentado?
Quais são os grandes desafios que tem se levantado na sua vida?
Viva em oração Seja fiel a Deus.
 Não tenha medo. [Enfrente seus problemas de cabeça erguida]
 Seja disciplinado. Ele orava três vezes ao dia ....e você..... ?
 Tenha compromisso. [O compromisso não nos deixa ver as derrotas, mas sim o nome de Cristo sendo exaltado]
  Não tenha vergonha de servir a Deus. [ Se entregue a ELE  e como Daniel, Paulo e Silas [CONFIE!!!]

 Não espere cair na cova ou ser lançado na prisão para orar!!!

Presb. e Seminarista Laerte Martins
Pregação Igreja Presbiteriana de Jambeiro
09-06-2013

sábado, 4 de maio de 2013

"O que você precisa saber sobre batalha espiritual" LOPES, Augustus Nicodemus; Cultura Cristã, 5ª edição revisada e aumentada


Resenha do livro

O que você precisa saber sobre batalha espiritual

LOPES, Augustus Nicodemus. O que você precisa saber sobre batalha espiritual. São Paulo.

Cultura Cristã, 5ª edição revisada e aumentada .

Ao iniciar sua obra Augustus Nicodemos anuncia claramente a intenção de levar o conhecimento de seu público ao que se diz respeito a substituição da palavra de Deus por aquilo eu ele chama de “centelha divina” que é o conflito das igrejas contra as hostes das trevas e suas interferências no momento, e isto tem feito com que haja a aparição de muitas Igrejas com a finalidade de fazer um trabalho totalmente voltado para o expulsar demônios de crentes e descrentes os quais segundo eles passa atualmente por uma opressão demoníaca .

Augustus Nicodemos usa do conhecimento a respeito da vida de John Stott e sua não aceitação a participar da Segunda Guerra Mundial na ocasião por ser ele um pacifista e o compara ao engajamento nesta batalha espiritual da igreja o qual não tem de nenhuma forma a sua não aceitação uma vez que a partir do momento em que somos crentes já estamos alistados para esta batalha que vai durar o restante de nossas vidas.

Ao usar o texto de Efésios (6.10-20) o autor descreve o ataque do inimigo sendo feroz, incessante, e também astuto de um inimigo cruel tremendamente poderoso esta guerra  é sem trégua e declara que devemos nos preparar estando revestidos pela armadura de Deus, pois a igreja não é um “piquenique”, não é um clube, mas um exercito. E é dessa maneira que devemos entender a vida cristã. Assim se estamos envolvidos em um conflito destas proporções, certamente é muito perigoso ficar andando de um lado para outro pela linha de fogo sem saber o que esta havendo e sem nenhum preparo.

O contexto de efésios (6.10-20)nos mostra  é que estamos realmente em meio a um conflito e nele vemos a nossa convocação para a batalha e aqui Paulo nos pega pelos ombros e nos sacode dizendo: “Acorda, nós estamos envolvidos em um combate, há uma luta sendo travada neste momento e precisamos estar alertas” (pg. 26)

A isto o autor mostra seu interesse a responder a grande pergunta que é apresentada aqui, “Como podemos nos preparar para a batalha”?

Na realidade Paulo se dirige aos cristãos, como já estando em pleno combate. O que o Apostolo faz é despertá-los, encoraja-los e instruí-los para a luta e assim divide as instruções  em duas partes.

1-Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força de Seu poder “ (Ef. 6.10), mostrando que a igreja deve se lembrar que sua força em combate vem de Deus.

2-É preciso estarmos revestidos da armadura de Deus, em um todo não nos esquecendo de nenhuma delas.

 

 

Motivos para tomarmos a armadura de Deus.

Paulo apresenta aqui algumas razões pelas quais a igreja deve tomar toda a armadura de Deus: Em primeiro lugar para “poderdes ficar firme contra as ciladas do inimigo” (Ef. 6.11), pois o propósito desta armadura é que a igreja encontre-se firme e posicionada na vitoria de Cristo, resistindo firme contra as ciladas do inimigo. Paulo destaca aqui a esperteza e a astúcia do inimigo. A palavra cilada chama a atenção para um estratagema sutil, o emprego de meios astuciosos pelos quais se derrota o inimigo.

Segundo lugar “é que a nossa luta não é contra a carne ou sangue e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores  deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6.12). Os cristãos não estão sendo atacados por outros seres humanos contra os quais usariam armas convencionais de guerra, pois o inimigo é muito mais  poderoso e astuto, a igreja luta contra seres espirituais. (pg.23)

Terceiro lugar .

É para que possamos “resistir no dia mau” (Ef. 6.13), Paulo já havia dito que todos os dias são maus (Ef. 5.16), mas então admite que alguns ainda são piores do que os outros.

Os perigos relacionados ao combate cristão.

Primeiro é o perigo é tendência atual de se ver o diabo em todo lugar e de se dar mais credito a ele do que o devido.

Segundo é o perigo de se desprezar e subestimar o mundo espiritual tenebroso, porque alguns teólogos reformados tem negado até a existência o diabo, dos demônios e sua atuação.

Terceiro é o perigo é acreditarmos que “batalha espiritual” seja algo absolutamente inédito, mas não o é, já os Reformadores e Puritanos  se preocupavam com isso, crendo na existência e persistências destas forças.

Quarto perigo é pensarmos que os métodos do movimento atual de “batalha espiritual” são uma saída fácil e segura para os problemas que nos afligem neste mundo, e julgam que o simples fato de se amarrar e repreender os demônios que supostamente provocam seus problemas com imoralidade, temperamento, opressão econômica e outros já é suficiente pois são eles que produzem seus desvios morais.

Conclusão:

A ONU não consegue resolver os conflitos  entre as nações, assim também como o homem não consegue resolver o problema da fome, violência, da miséria e da desonestidade, males que afligem a humanidade desde seu aparecimento neste planeta . O homem esta totalmente a mercê de sua própria degradação espiritual e moral, da sua miséria e desgraça.

Augustus Nicodemos nos mostra que em (Ef. 6) que a única solução para o problema do mundo é o cristianismo bíblico.

 

Cap. II- A origem e a difusão do movimento de “Batalha Espiritual”

O autor nos informa que as ideias de “Batalha Espiritual” já eram conhecidas desde o século passado, e nos afirma isto através de relatos do missionário inglês James O. Fraser que trabalhavam junto ao povo tribal Lisu, na China, um povo que envolvido com magia negra, espiritismo e animismo, Fraser desenvolve alguns métodos para combater, através da oração esta influência maligna que atormentava aquele povo.

As diversas linhas de “Batalha espiritual”

Desde de 1960 , o movimento Batalha Espiritual vem ganhando aceitação no mundo todo, a isto Augustus Nicodemos relata e resalta que nem sempre elas se concordam entre si entretanto, compartilham de uma base teológica ampla e comum a todos, o que justifica identificar suas posições  como parte desse movimento mundial de “Batalha Espiritual”

a)Os carismáticos foram os primeiros a defender popularmente  uma nova perspectiva a respeito de “Batalha Espiritual”. O ímpeto para o movimento foi o livro de Don Bashan em 1972 o qual apresenta  a ideia de existirem demônios atrás de cada arvore  , e são narrados encontros bizarros e estranhos com eles.

b)Os dispensacionalistas, concentrava-se mais no aconselhamento pastoral e na oração a favor dos oprimidos, do que em encontros extraordinários com espíritos.

c)Representado por Neil Anderson, Timothy Waner esta linha evita o “encontros de poder” com demônios e o sensacionalismo e enfatiza a libertação  individual pelo conhecimento  da verdade e da fé.

d)Conhecida com  a “Terceira Onda do Espírito” ela se identifica com o nome de C. Petr Wagner e tem como é uma corrente carismática que tem como objetivo o crescimento da igreja com missões no terceiro mundo acompanhada por “sinais e prodígios”. Um ensino característico  dessa linha de “Batalha Espiritual” é a noção recente de “espíritos territoriais” ou seja demônios que mantém determinadas regiões geográficas sob o controle da incredulidade e do pecado. (pg. 30)

Cap. III.

O autor nos mostra a visão da “Batalha Espiritual” e seus principais ensinos. O teor maior da visão vem da que todo mal que acontecem as pessoas são produzidas por demônios , os que se instalam na vida dos crentes e descrentes  e de acordo com esta abordagem , os demônios são responsáveis  por toda dor, sofrimento e toda miséria que encontramos ao nosso redor, o que inclui também toda doença, relacionamentos arruinados,desemprego, fome , opressão, injustiça social, corrupção e se não bastasse isto ela também tem a responsabilidade sobre o mal moral que é a prostituição, lacívia , imoralidade, adultério, desonestidade, embriagues. O ministério da “batalha espiritual” leva seus seguidores a crer que “os demônios do pecado residem dentro do coração humano”.

Ministério Ekibalistico única estratégia.

O termo EKBALW, significa “expulsar, expelir” é o termo usado nos evangelhos  para descrever as expulsões de demônios realizadas por Jesus descrito desta forma por David Powlison. O evangelismo EKIBALW no campo da “batalha espiritual” se preocupa muito com os espíritos territoriais, segundo o ministério, demônios são enviados por satanás para determinada unidade Geopolítica do mundo. Esses espíritos malignos ocupam e controlam o território geográfico sob sua responsabilidade.

Os defensores deste conceito apelam com frequência para o livro de Daniel, na qual são mencionados os “príncipes” da Pércia e da Grécia (Dn 10.13-20). Os defensores desta ideia, concluem que, se existe um “príncipe da Pércia e outro da Grécia, há também um príncipe do Brasil, um dos estados Unidos e de cada Pais do mundo. Ainda afirmam que existem espíritos malignos designados como responsáveis por Estados, cidades , ruas e casas. Segundo os defensores do conceito “espíritos territoriais” os demônios que governam regiões influenciam e controlam seus moradores com os ensinos da Nova Era, Espiritismo, Astrologia, Satanismo, Uso de Pirâmides , Cristais, Bruxarias, Macumba, Magia, Feitiçaria, Prática da adivinhação, ou qualquer outra atividade relacionada ao Ocultismo.

Demonização das Estruturas.

Dentro desta linha de pensamento, os crentes da “batalha espiritual” acreditam na demonização das estruturas de forma que a vidada de uma pessoa, estruturas sociais, econômicas, culturais, e políticas de uma região podem estar sob o controle de um ou mais demônios. Sendo assim os que se identificam com o movimento “batalha espiritual” falam que:

A Igreja pode vencer esta batalha quando aprenderem suas táticas. Peter Wagner afirma são poucos os crentes que estão preparados e faz uma advertência: “Se você não sabe o que esta fazendo......Satanás vai derrota-lo no café da manhã” e para que isto não aconteça, os cristão tem que ler os livros e frequentarem as conferências feitas pelos peritos em “Batalha Espiritual”. (pag. 36)

Mapeamento espiritual.

A igreja tem que “Mapear” espiritualmente  a área a ser evangelizada antes de aplicar seus esforços evangelísticos. Um dos objetivos do mapeamento é localizar o “trono e satanás” o local onde a potestade responsável pela área tem seu quartel general. Peter Wagner diz que a igreja local deve tomar o mapa da cidade ou zona ser evangelizada e com ele em mãos , deve orar sobre cada um dos quadrados que determinam a área e assim deverá iniciar naquela região específica um grupo de guerreiros de oração, os quais, pela oração da fé (no conceito deles) deve clamar a queda do trono de satanás e assim a cidade será libertada (pag. 37)

Demonização das estruturas e a oração de guerra.

O movimento explica que através da oração da fé  a ação dos demônios são neutralizadas, o seu poder esta neutralizado segundo o poder da Palavra de fé (termo popularizado pela “Teologia da prosperidade”)os crentes determinam a vitória de Cristo sobre a região identificada e por fim declaram que a cidade pertence a Cristo.

Este conceito de “oração e guerra” foi aparentemente popularizado por Wagner em seu livro “Warfare Prayer” (Oração de guerra). Desta forma a igreja pode amarrar pela oração de guerra não somente os demônios que controlam as estruturas e os sistemas, mas particularmente os espíritos malignos supostamente responsáveis pelos desvios morais e outros. O método é “vocalizar” a ordem “Eu te amarro em nome de Jesus”. (pag. 38)

De acordo com Wagner , a “batalha espiritual” ocorrem em três níveis que se resumem em:

1-Nível terreno= pela expulsão dos demônios.

2-Nível oculto= Onde o confronto se da com satanistas, bruxos, xamãs, advinhadores e outros.

3-Nível estratégico= é com a concentração de poder ainda mais tremenda: os espíritos territoriais.

Outras técnicas que também devem ser segundo a “Batalha espiritual” é a quebra de maldições. Este processo leva seus seguidores a buscar, encontrar e identificar essas maldições e anula-las, assim também como aquelas que herdamos de nossos pais e antepassados que são chamadas de maldição hereditária que foram adquiridas através de seus pecados não confessados e dos pactos, que, por ventura foram feitos com demônios.

Embora o ministério Ekbalístico tenha se empenhado no ato evangelístico , observa-se que muitos adeptos formaram grupos de “Batalha Espiritual” e não tem demonstrado muito zelo pelo conceito Bíblico e não focam a necessidade do arrependimento pessoal e da fé em Cristo, para reconciliação com Deus, perdão e salvação da culpa pelo pecado. Não podemos concordar com isto. Mas assim mesmo precisamos reconhecer o zelo e o fervor destas pessoas que fazem toda a diferença sobre a mornidão, a indiferença e o comodismo que por vezes dominam as igrejas evangélicas tradicionais.O que nos vale resaltar é o grande compromisso que todos tem com a oração, é certo que os conceitos utilizados também diverge daquilo que vemos como conceito bíblico que a oração não é uma arma que deve ser usada contra os demônios mas sim é forma de nos aproximarmos do Pai do céu e nos entregarmos a Ele junto com nossos problemas e aflições e deus haverá de responder dentro da sua santa e agradável vontade.

Cap. IV

Augustus Nicodemus,relata seu conhecimento e mostra aqui que crê na existência e na atuação dos demônios hoje. Que satanás não só tenta como também por muitas vezes consegui afligir o crente, admite que possa haver possessão demoníaca de pessoas que não são realmente convertidas.

Na realidade os princípios e os conceitos deste movimento são na verdade o que mais preocupa o autor (pag. 43) pois na maioria das vezes não são firmadas em bases bíblicas.Ao confrontar este assunto o autor da o exemplo do uso da palavra dizendo que: “Porém uma coisa é , digamos, usar velas nos cultos alegando que a bíblia não proíbe essa prática...Outra é, construir uma teologia inteira de missões , aconselhamento e libertação usando o mesmo argumento e o “Silêncio” das escrituras. Na verdade tudo isto soa como um misticismo exagerado.  

Powlison afirma corretamente:

 “Apesar de reivindicar que as escrituras apoiam seu método, a origem do movimento não esta na redescoberta da verdadeira natureza da missão bíblica”. Quando examinada à luz das Escrituras, a evidência é fraca.

Quando nos voltamos para a Palavra não conseguimos encontrar nenhuma referência que nos leve a busca , localizar ou fazer qualquer mapeamento espiritual. Quando usado na carta à Igreja de Esmirna; os Judeus perseguidores dos cristãos são chamados “Sinagogas de Satanas” (Ap.2.9). Segue-se que havia em Esmirna uma “Sinagoga” literalmente de demônios? É evidente que não, pois a expressão é usada figuradamente para expressar o caráter maligno de perseguição movida pelos Judeus, da mesma forma não há nenhuma ordem para se atacar, estruturas espirituais (pag. 45). É importante analisar que, quando em efésios 2.1-3, claramente nos é mostrado que satanás opera em pessoas , e não em coisas – embora certamente usara pessoas para influenciar sistemas e estruturas. O mesmo se aplica a expressão “amarrar” espíritos, e usando o texto de IICorintios  12.7 quando Paulo sofreu e não amarrou, repreendeu, decretou a queda, anulou ou mandou para o abismo o mensageiro (aggelo) de satanás, doloroso como um espinho na carne que o importunava de modo humilhante, mas se limitou a orar três vezes para que Deus o libertasse, recebendo ainda um “NÃO” como resposta (pag. 46). Ou ainda contra ele, no caminho de volta a Tessalônica (I Ts 2.18)?. O apostolo não conseguiu romper os bloqueios de satanás, qualquer que tenha sido, e finalmente mandou Timóteo em seu lugar e não decretou a queda da oposição. O autor afirma claramente usando textos bíblicos como (Mt 10.8; Mc 3.15; Lc 10.1-24) que não havia nenhuma técnica para localizar, identificar, questionar ou guerrear contra os demônios em oração ou amarra-los. Eles deveriam ser sumariamente expelidos.

Outra preocupação é que a autoridade que se alega para muito dessas praticas são as experiências ocorridas nos gabinetes pastorais (pag. 46), nos campos missionários e nos próprios simpósios sobre “batalha espiritual” e não tem nenhuma passagem clara sobre ela no NT.

Ao mencionar a escritora e palestrante Neuza Etioka o autor fala abertamente sobre seus livros e palestra as quais são meramente exemplos pessoais, depoimentos de pessoas e testemunhos de ex. pai de santo. É dessas fontes totalmente inaceitáveis num trabalho que Neuza Etioka tira fundamentos para grande parte de seu trabalho. Não podendo ser estes considerados livros bons, pois neles não existe nenhuma referência bibliográfica e teológica.

Quebra e maldições.

Na realidade trata-se de mais um argumento sem respaldo bíblico. (pag. 49)

O autor cita para contra argumentar a este respeito o livro de Ez.18.4,20; 14-19 que o filho não levara a iniqüidade do pai e pela conversão e uma vida reta o mesmo estará livre da maldição dos pecados dos seus antepassados.

O apostolo Paulo nos esclarece que o escrito de divida que nos era contrario,a maldição da lei,foi tornado sem qualquer efeito sobre nos:            Jesus o anulou na cruz (Cl2:13-15;Gl3.13).Ou seja,toda e qualquer condenação que pesava sobre nos foi removida completamente quando Cristo pagou,de modo suficiente e eficaz,nossa culpa diante de Deus.

Basta um estudo simples,nas Escrituras,da linguagem usada para descrever nossa redenção para que não fique qualquer duvida de que o crente,à semelhança de um escravo exposto a venda na praça,foi comprado por preço e que,agora,passa a pertencer totalmente ao seu novo senhor.

As vezes ocorre que cristão genuínos que no passado se envolveram de uma maneira ou de outra com praticas ocultas tem dificuldades em crescer em algumas áreas da vida crista.O mesmo se diria de quem foi alcoólatra,maníaco sexual,cleptomaníaco ou avarento antes de se converter a Jesus Cristo.A pergunta é se o tratamento recomendado nas Escrituras para essas pessoas é a pratica de “quebra de maldiçoes”,a  anulação de pactos com demônios.

A tendência do movimento de “batalha espiritual” de criar em seus adeptos uma obsessão doentia pelos  espíritos malignos é outra preocupação.Muitos estão fascinados pelo mal.Felizmente isso não acontece com todos os adeptos do movimento.Entretanto,uma pessoa menos preparada que se envolve com a visão de um mundo povoado de demônios e anjos maus a procura das mínimas brechas para se apossar de sua vida,acaba ficando obcecada por satanás e pelos demônios.Passa a ver satanás em qualquer coisa,como em resfriados,dores de cabeça,no microfone do preletor que deixa de funcionar,no copo de leite que cai,no comportamento anormal dos filhos.

A influencia da “confissão positiva”

Outra preocupação é com a influencia dentro do movimento de “batalha espiritual”,do conceito da confissão positiva.De modo bastante similar aos conceitos do “evangelho da prosperidade”,os proponentes da “batalha espiritual” parece atribuir a às declarações e “amarrações”,feitas em fé,um poder determinativo e final.Isso fica evidente pela ênfase nas verbalizações,no conflito com os demônios,de excreções como “eu declaro”,  “eu amarro”,ou outras equivalentes.

A ideia por traz da “confissão positiva” é que as palavras tem poder criador.   

O autor lembra a Reforma religiosa do século XVI,que libertou parcialmente a Europa do julgo de satanás naquela época,foi levada a efeito sem nenhuma das técnicas atuais de “batalha espiritual”,e sim pela pregação simples da verdade de que nos somos justificados pela graça e pela Fé em Jesus.Até onde sabemos,nenhum dos lideres da reforma andou amarrando demônios e destruindo fortalezas,caçando e derrubando Satanás do seu trono.

Todo mal vem do diabo?

Uma ultima preocupação é com a doutrina básica do movimento,ou seja,que todos os males que acontecem o mundo,a igreja e os cristãos individualmente são produzidos por demônios e que,por tanto,a solução é sempre confrontar e expelir essas entidades malignas.Essa é a pressuposição mais básica do movimento.Tudo o mais permanece em pé ou cai com essa doutrina.

No entanto sabemos que o mau existe no mundo sobre duas formas: o mau moral e o mau circunstancial.No primeiro temos o pecado sobre todas as suas formas e no segundo,a miséria,a dor,o sofrimento,as doenças,enfim as circunstancias que causam pesar e sofrimento.

Powlison destaca o fato claro nos Evangelhos de que Jesus,ao enfrentar o mau que encontrava a frente,adotava duas táticas diferentes,dependendo seu mau era moral ou circunstancial.Quando o Senhor se defrontava com pessoas aflitas por doenças ou sofrendo como resultado direto da possessão demoníaca,ele expelia os demônios responsáveis por essa circunstancia.Desta forma,percebesse que o movimento não tem amparo no Evangelho pois trata igualmente situações que são diferentes.

Crentes demonizados

Em que consiste,então,a “demonização” de um crente?Segundo a “batalha espiritual”,a “demonização” é uma influencia maligna na vida do crente,superior àquela da tentação,em que um ou mais demônios vem habitar nele,fazendo-o ficar confuso,incrédulo e especialmente escravizado a determinados hábitos pecaminosos.O crente cai vitima dessa opressão demoníaca por causa de seus pecados ou por causa dos pecados de outros contra ele,como o molestamento sexual durante a infância,maldiçoes e pragas rogada por outros e envolvimento com ocultismo.Ao que parece,esta “possessão” decorre de uma vida em pecado,geralmente nas áreas de praticas sexuais ilícitas.

A questão é realmente contundente,pois as Escrituras ensinam que o crente esta assentado com Cristo nos lugares celestiais,a cima de todos os principados e potestades (Ef 1.21-22).O crente esta em Cristo e Cristo nada tem haver com o maligno (Jo 14.30).E,naturalmente,o diabo não toca os que são de Cristo (1Jo 5.18),pois o que esta no crente (o Espírito Santo) é maior que os espíritos malignos que habitam este mundo (1 Jo 4.4).

A vitoria de Cristo e suas implicações

As Escrituras afirmam a existência e a realidade das forcas espirituais do mau.A bíblia deixa claro que o diabo existe e que deseja nos destruir (Ef 6.11).Paulo nos diz aqui que os inimigos da igreja são espíritos perversos,numeroso,organizados e mais poderosos que o homem.

A bíblia também ensina algo mais,algo que não tem sido suficientemente compreendido e enfatizado pelo movimento de “batalha espiritual”.O autor referisse  ao ensino bíblico de que as forcas do mau já estão derrotadas.

Batalha espiritual com resistência

Devemos observar um ponto importante que esta implícito na representação que Paulo faz em Efésios 6 do cristão em sua armadura completa,como um guerreiro pronto para o combate.O soldado cristão esta em uma posição de defesa,de resistência.A figura que Paulo descreve é a de um soldado guardando vigilantemente  o terreno inimigo já conquistado.Nao é difícil perceber isso,pois nessa mensagem Paulo exorta varias vezes a igreja a ficar firme e a resistir (Ef 6.11,13-14).

A arma ofensiva da igreja contra os principados e potestades é igualmente a Palavra de Deus.E a exposição da Palavra,a proclamação do Evangelho,pois,onde o Evangelho é anunciado,onde a verdade é pregada,o inimigo bate em retirada.Depois de descrever a armadura de Deus,Paulo pede que orem por ele,para que lhe seja dada liberdade e ousadia para pregar a Palavra de Deus.

Armas espirituais

Ao usar a metáfora do combate para descrever o conflito da igreja contra as hostes  malignas, Paulo determina aos crentes que tomem toda a armadura de Deus para poder resistir (Ef 6.13-18).

Se o alvo principal de satanás é causar pobreza, doenças, problemas políticos, injustiças sociais, então, não precisamos das armas que Paulo descreve aqui .

Observando a “batalha espiritual” como proclamação, podemos lembrar o ministério de Paulo em Corinto. Se havia um lugar no mundo onde deveria existir um “trono” literalmente de satanás, essa era a cidade de Corinto. Corinto era provavelmente a cidade mais depravada, corrupta, idólatra e imoral da Ásia no século    da era cristã, a ponto de os gregos cunharem um termo pejorativo, o verbo corintinizar, que queria dizer “tornar alguém depravado”. Dizer a alguém “você é um coríntio!” equivalia a insultar a pessoa , afirmando que ela era depravada, mesmo assim o apostolo não “amarrou” os demônios nem derrubou os poderes ou “fortalezas”, mas simplesmente, anunciou a Cristo e este crucificado,aos moradores da cidade.

Ao escrever a respeito do ato de “repreender” no novo testamento o autor afirma que, até onde sabe, não há nenhum exemplo ou ordem para que os crentes que enfrentam dificuldade ou em posições difíceis desta vida, determinem a vitória e o sucesso, ou a libertação meramente pronunciando palavras de forma fervorosa. (pag. 97).

As repreensões de Jesus

Embora alguém pudesse argumentar que Cristo repreendeu doenças e demônios. De fato, nosso Salvador algumas vezes fez isso. Se fizermos um estudo no Novo Testamento da palavra “repreender” (epitimão), notaremos algo curioso. As duas únicas pessoas , em toda a Bíblia , que repreenderam demônios, doenças ou qualquer obra contrária ou maligna , foram Jesus Cristo e seu Pai celeste. Ninguém mais.

Em todo o livro de Atos dos Apóstolos, não encontramos qualquer deles usando o termo “repreender”, embora Pedro confrontasse Elimas, o mago, e Paulo ao falso profeta Barjesus, não disseram “eu te repreendo”.

O erro religioso

Talvez a arma mais de Satanás na sua guerra contra a Igreja seja o erro religioso,possivelmente não exista arma mais eficaz. As heresias têm sido usadas por Satanás contra a igreja de Cristo desde que ela nasceu, e sempre com resultados terríveis. Na realidade foi usando esse método que ele conseguiu seduzir e enganar o primeiro casal, introduzindo o pecado no mundo (Gn 3.4-5; 2Cor 11.3; 1Tm 2.14). essa é receita extremamente bem-sucedida para atrair e iludir os homens, feita pelo “sedutor de todo o mundo”.

Suas estratégias para impedir que o evangelho chegue até aos ouvidos dos homens, segue a um método que é: primeiro, ele oferece resistência  aos verdadeiros pregadores , segundo, o diabo cega o entendimento das pessoas , para que elas não compreendam o que lhes esta sendo dito acerca do plano redentor de deus; em terceiro, o diabo tenta anular o efeito da palavra de Deus nos corações humanos e, finalmente quando o diabo não consegue impedir que o Evangelho seja divulgado usa outra estratégias que é difundir o erro religioso para causar confusão.

Os instrumentos de Satanás

Quais os instrumentos que ele usa? Em 1 Timóteo 4.1-2, Paulo menciona dois agentes diretos do maligno: Ora , o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostarão da fé , por obedecerem a espíritos enganadores  e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras , e que tem cauterizado a própria consciência. Esses demônios são capazes também de realizar sinais e prodígios para dar aparência de verdade aos desvios doutrinários que produzem. O diabo sabe que o homem facilmente se impressiona com o sobrenatural e,por meio de milagres e outras manifestações do gênero. Satanás é capaz de até mesmo produzir uma falsa sensação  de paz e alegria. O autor afirma não ter encontrado um membro de qualquer seita que não diga que goza de paz. Pelo contrario, todos afirmam que têm paz, alegria e senso de realização profunda.

As cartas de Paulo e dos demais apóstolos foram escritas, entre outras coisas, para combater o erro religioso no primeiro século e para prevenir as igrejas nascentes contra sua influência perniciosa; se os apóstolos não houvessem se preocupado em preservar a pureza doutrinária, é possível que a igreja já houvesse se deturpado a ponto de se tornar irreconhecível como igreja de Cristo.

Paulo e satanás

No capitulo nove o autor aborda duas ocasiões, em que o apóstolo Paulo se viu confrontado por Satanás  em sua vida e ministério, a primeira narrada em 2Corintios 1.7-10, e que Paulo revela que já por catorze anos carregava em sua carne um doloroso e humilhante espinho satânico, sem experimentar  a libertação daquele incômodo. A segunda, narrada em 1 tessalonicenses 2.17-18, quando Satanás barrou o seu caminho de retornar à igreja de Tessalônica. O que nos faz lembrar que nem sempre o apóstolo exerceu autoridade sobre Satanás para tira-lo do seu caminho, como fez no caso de Elimas e da moça de Filipos. Na verdade vemos Paulo quase impotente para remover um espinho satânico de sua carne e para transpor a trincheira que satanás abiu no caminho de sua vida, isto nos mostra que Paulo e os outros apóstolos eram totalmente dependentes de Deus e o que lhes acontecia estava debaixo dos critérios soberanos do Espírito Santo.

Paulo estava sempre revestido da armadura de Deus, mas isto não o livrara de passar por dor, desta forma o autor nos leva a pensar na forma que Deus trabalha nossa vida como servos, não nos livrando da dor mas sim com sua armadura nos fortalecendo para manter-nos firmes na fé, na santidade, sem nos deixar arrastar ao pecado.

O autor mostra que Paulo nos da base para tomarmos a armadura e ficarmos preparados para o dia mau, em que deveremos resistir vencer e permanecer inabaláveis . Também nos esclarece o autor que este ataque de Satanás é ainda mais veemente, arrebatador e impetuoso do que outras ocasiões; e , em certo sentido, todos os dias são maus, não havendo uns piores do que os outros.

Os objetos que trazem benção ou maldição.

 O autor não que terminar o livro sem tocar neste assunto que para ele e com certeza para todos os leitores será muito edificante. Trata-se acerca do ensino do movimento de “Batalha espiritual” que retrata o poder de objetos que tem poder de abençoar e amaldiçoar aqueles que o tocam ou possuem.

Sendo os objetos que abençoam aqueles que foram trazidos aos cultos e ungidos com objetivo de transmitir ao fiel algum tipo de benefício; e acabam sendo usados como talismãs, fetiches ou outros abjetos “carregados” de poder espiritual. O autor se refere também e compara estes objetos ungidos pelas igrejas de libertação acabam passando por um processo muito semelhante aos benzimentos de objetos no baixo espiritismo, nas artes mágicas e no ocultismo em geral, os mais comuns são as águas fluidificadas (colocada sobre o rádio ou tevê durante a oração do “homem de Deus”), a rosa ungida, ramos de arruda, sal grosso, óleo, água, vinho, pedrinhas trazidas a “terra santa” (Israel), fitinhas, pulseiras e lenços.

Muitas vezes estes objetos são usados na igreja no intuito de expulsar demônios. A ideia que esta pro traz desse uso religioso de artigos e objetos é a de que as entidades espirituais (anjos e demônios) podem ser atingidas por meio dos sentidos com cheiros, cores, gosto e vozes.

Entretanto, essas igrejas argumentam que a prática tem argumentos Bíblicos. Provavelmente o argumento mais usado seja a de Atos 19.112, em que é relatado o uso dos aventais e lenços de Paulo para expulsar demônios em Éfeso. É preciso salientar, entretanto, que este acontecimento é único do gênero que temos registrado no Novo testamento. Fez parte dos “milagres extraordinários” que o Senhor realizou em Éfeso pelas mãos de Paulo (At 19.11). O mesmo acontece com Pedro onde é relatado que até mesmo a sua sombra curava os infermos (Atos 5.15).

Quanto aos objetos de maldição o movimento “batalha espiritual” os classifica como sendo objetos que utilizados em qualquer forma de magia, ocultismo ou religião idólatra ficam impregnados de emanações malignas, como se demônios de fato residissem os mesmos. Para usar a linguagem de alguns do movimento, esses objetos estariam “demonizados”, sendo assim os objetos estariam carregados do poder da magia que afetaria aqueles que o tocarem ou guardarem em suas casas.

Ao encerrar o capitulo doze, o autor conclui que espera ter dado evidencias claras que não há como justificar hoje a prática no culto cristão de ungir e abençoar objetos, quaisquer que forem os propósitos. Também não há como provar biblicamente que objetos usados e consagrados aos demônios nos cultos idolatras e ocultista tem algum poder especial de “amaldiçoar” os que os tocam, ingerem, usam ou acabam por possuí-los fora o contesto de adoração e devoção a essas entidades.

Conclusão:

Ao ler esta obra me senti um privilegiado, pois os conhecimentos nela me fazem refletir exaustivamente a respeito da forma em que as Igrejas atuais têm conduzidos seus membros muitas vezes a temer mais ao diabo que o próprio Deus. A função de cada um de nós,(deixo claro que é meu pensamento), é de levar a verdade Bíblica e o verdadeiro pensamento, e a prática cristã para dentro de nossas igrejas, a fim de, que cada membro tenha consciência verdadeira do mundo espiritual sem se deixar levar por qualquer vento de doutrinas.
Laerte Martins
4º Bacharel em Teologia