terça-feira, 28 de julho de 2015

OS DESAFIOS DA SANTIDADE NA FAMÍLIA CRISTÃ NA PÓS-MODERNIDADE


PRESBITÉRIO VALE DO PARAÍBA










OS DESAFIOS DA SANTIDADE NA FAMÍLIA CRISTÃ
NA PÓS-MODERNIDADE









Por
Laerte Martins
São José dos Campos - SP
2015
PRESBITÉRIO VALE DO PARAÍBA




2015



Monografia para Ordenação
Título: OS DESAFIOS DA SANTIDADE NA FAMÍLIA CRISTÃ
NA PÓS-MODERNIDADE
Aluno: Laerte Martins
Orientador: Rev. Naity
Examinadores:


















São José dos Campos - SP
2015


Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta jornada;
Agradeço também a minha esposa, Sueli Aparecida de Carvalho Martins, que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, apoiando-me nos momentos de dificuldades;
As minhas filhas, Aline Cristina de Carvalho Martins Penafieri e Rafaella Louisy de Carvalho Martins, (que por vezes não tiveram conhecimento disto) mas iluminaram de maneira especial os pensamentos levando-me a buscar mais conhecimentos;
A meus pais, Laurentino de Oliveira Branco e Marina Martins, por quem eu rogo todas as noites de minha existência.

DEDICATÓRIA


Dedico a DEUS, pois somente por sua graça consegui escrever esta monografia;
À Professora Ana Lúcia da Cruz Costa, por sua dedicação, paciência para comigo nas horas em que estava perdido em meio aos meus pensamentos;
Ao Rev. Naity demonstrando o amor de Deus em sua vida me acolheu corrigiu e me ofereceu toda a ajuda necessária para que eu pudesse chegar até o final deste trabalho.
A minha esposa Sueli Aparecida de Carvalho Martins, que não mediu esforços, deixando de lado sua própria vida para viver a minha;
As minhas filhas Aline Cristina de Carvalho Penafieri e Rafaella Louisy de Carvalho Martins que sacrificaram muitos momentos de lazer para que eu pudesse me dedicar aos estudos;
Aos irmãos que estiveram comigo durante todos esses anos, demonstrando sempre muito carinho e amor pelo evangelho, e desta forma usando palavras sábias me incentivavam a seguir sempre em frente.


EPÍGRAFE


“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” (Sl 127.1).



SUMÁRIO



LISTA DE ILUSTRAÇÕES





LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


ARA               Almeida Revista e Atualizada[1]
AT                   Antigo Testamento
CFW             Confissão de Fé de Westiminster
NT                  Novo Testamento
NTLH             Nova Tradução na Linguagem de Hoje
SBB               Sociedade Bíblica do Brasil
TV                   Televisão
RESUMO


Esta monografia tem como foco mostrar as dificuldades que as famílias cristãs enfrentam no mundo pós-moderno, e também propor algumas soluções para estas dificuldades para santificação.
Com certeza são tantos os ataques para destruir as famílias cristãs que a maioria acha difícil viver coerente com o evangelho.
Ao olharmos para as famílias podemos ver que elas tem se diluído dentro de seus próprios lares com a tecnologia que tem tirado a união, o amor e a comunhão que devem existir entre todos, substituindo pelo silêncio total quando todos se juntam no mesmo ambiente.
Através dos estudos feitos na Palavra pode-se aprender a vontade de Deus para com a nossa família, o que com certeza dará a cada um de nós o conhecimento do compromisso para fazer a diferença no mundo pós-moderno e criar bem os filhos nos caminhos do Senhor.
Com certeza este trabalho não conseguirá e nem é a sua meta trazer todo o conhecimento sobre os desafios para família, coexistindo no mesmo mundo – o deslumbramento pela tecnologia e a importância eterna da Palavra de Deus – mas sua meta é apenas colaborar com a igreja de Jesus Cristo que está neste mundo caótico enfatizando a santidade da noiva de Cristo enquanto espera o arrebatamento.
Afinal, família santa é sinônima de igreja santa, conforme a ordem de Deus “sede santo porque eu sou santo” (Lv 11.44).




Esta monografia é relevante porque pais, professores de EBD e liderança cristã estão por vezes confusos quanto ao papel da mídia na educação das crianças e jovens neste mundo pós-moderno, tão onge da santidade!
O desenvolvimento será feito em três capítulos:
O primeiro capítulo mostra as implicações com que a mídia na pós-modernidade tem de toda forma tentado destruir a família cristã, embora ela não seja de total forma ruim. Infelizmente, a partir do momento em que entrou nos lares, acabou por distanciar a família em todos os âmbitos, trazendo obstáculos à santidade.
A forma como a Internet e a TV são usadas tanto pelos pais quanto pelos filhos acaba por deixar uma casa vazia (mesmo quando esta cheia de gente), pois cada um fica com seu aparelho ligado e, dentro de um mundo virtual tenta de todas as maneiras encontrar motivos de alegria e satisfação, como também soluções para sua vida, sem a participação daqueles que estão ao seu lado e sem buscar comunhão com Deus.
A pós-modernidade trouxe consigo esta tecnologia e acabou atraindo para si todo o tipo de pessoas, tanto aqueles que têm controle sobre suas vontades e ansiedades, quanto outros que acabam por se tornar verdadeiros viciados virtuais, não deixando o aparelho descansar em momento algum. Este capítulo então trata deste assunto em três campos: os viciados da madrugada do bate-papo, os viciados 24 horas do Facebook e também os viciados diários da TV. Consequentemente, não há tempo para ler a Bíblia nem para orar...
O segundo capítulo trata dos desafios do ensino na família cristã da pós-modernidade, pois sabemos que as famílias estão sendo atacadas de todos os lados pelos pensamentos modernos infiltrados pelos estudos nas escolas seculares, que acabam por vezes mudando a forma de pensar de muitos cristãos despreparados que são envolvidos pelo materialismo, relativismo, secularismo e por fim pela sexualidade aflorada com sugestões libertinas bem distante da santificação do corpo como templo do Espírito.

O terceiro capítulo pretende por dar as diretrizes bíblicas para as famílias na pós-modernidade, mostrando que a dependência da família deve estar sempre no caminhar dos conceitos da Palavra, que nortearão o proceder dos pais ajudando-os a conduzir e orientar na forma de utilizar seus computadores e aparelhos de televisão levando a todos fazerem a diferença na pós-modernidade com seu proceder. Este capítulo leva à compreensão da responsabilidade dos pais na educação, principalmente considerando os santos e eternos mandamentos de Deus.



1.            AS IMPLICAÇÕES DA PÓS-MODERNIDADE NA VIDA FAMILIAR



1.1         A TECNOLOGIA QUE DISTANCIA: A INTERNET E A TV



Ao olharmos para os efeitos da internet e da TV, podemos claramente observar que elas trazem vários problemas para as famílias na atualidade, mas não são totalmente responsáveis pelos ataques negativos às famílias cristãs. Sabemos que estas duas tecnologias também somam grande importância para o bem e para o progresso do país e do conhecimento intelectual do homem, dando-lhe sabedoria quando usadas da forma correta.
Quando observamos o mundo na pós-modernidade vemos que as famílias que deveriam caminhar em uma mesma direção tomam a todo o momento rumos diferentes. Notamos que a pós-modernidade traz junto a ela recursos tecnológicos que acabam por separar aquilo que deveria estar cada vez mais unido (a família); também nas áreas de divertimento e lazer acabam por não contribuir para a comunhão, pois o amor, o carinho e a intimidade da família (alicerce de uma igreja e de uma sociedade sadia) acabam por não existir.
O silêncio que muitas vezes era exigido pelos pais para que a família pudesse conversar e cuidar dos interesses mútuos, hoje a família o tem, porém o silêncio agora “impera eternamente”. Cada um quieto diante do seu aparelho.
O livro “A Família” trata a necessidade da comunicação dizendo:

E necessário que haja comunicação. O problema da sobrevivência tem levado tanto o homem como a mulher a passarem uma grande parte do seu tempo, separados. Em muitos lares é difícil a família se reunir para uma refeição ou para alguns momentos de lazer. Essa falta de comunicação está desencadeando sérios problemas para a vida familiar[2].

Quando olhamos para as famílias reunidas na sala, o que mais nos chama a atenção é que não existem palavras, nem mesmo as conversas paralelas que alegravam a casa, mas são mãos que apertam botões, sorrisos solitários, lágrimas de tristeza, rostos enfezados e olhares fixos nos celulares e computadores totalmente ligados na internet, nas redes sociais. Não existe nenhuma atenção dispensada ao outro, e nem mesmo se cumprem os deveres da casa. E a bíblia fica esquecida.
A família foi deixada de lado por cada componente que a forma. Infelizmente esta condição não está somente dentro dos lares não cristãos, pois estes já foram contaminados pelo progresso da pós-modernidade, que acaba separando famílias que se esqueceram até mesmo da vida de oração e busca do Senhor em todos os momentos, e só se lembram de buscar a Deus quando as situações já estão totalmente fora de controle.
Quando um pai quer saber dos problemas de seu filho, é só buscar no Facebook, pois ele já despejou tudo para que todos saibam e possam opinar por uma solução que ele (o filho), deveria tomar, e aqueles que poderiam saber e ajudar a solucionar com amor (o pai e a mãe) fica mesmo sabendo dos resultados que praticamente saem instantaneamente e acabam por expor não só a pessoa, mas toda a família, em sua intimidade. E a orientação bíblia? E a busca da santificação?
O mundo está entrando nas casas através da mídia e não somente ataca os jovens, mas também os adultos, e a isto descreve o Bacharel Ivan Tadeu Panício:

As estatísticas revelam que milhares de adolescentes, jovens e até adultos sofrem com os efeitos danosos da pornografia e imoralidade virtual. O apelo direto, a facilidade ao acesso e o suposto sigilo virtual, tem levado muitos ao óbito espiritual. A mídia trabalha com um forte apelo sensual, e pelo que vemos a tendência é de quem é sujo, sujar-se cada vez mais[3].

Não são raros os problemas familiares iniciados por publicações na internet, que vão desde uma simples palavra escrita até fotos e filmes que acabam por destruir anos de casamento e histórias de famílias que viveram sempre em harmonia. Jesus advertiu claramente em Mt 28.7 “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.
Mas será que só a internet tem esta porcentagem de influência negativa na família nos dias de hoje?
Quando falo da interferência tecnológica da pós-modernidade, também posso incluir a TV como uma das grandes causadores da destruição da família, junto com a Internet.
Quero deixar bem claro que não sou totalmente contra os programas oferecidos pela TV, pois sem margens de dúvida é um grande avanço tecnológico e também serve de ajuda para a propagação de assuntos benéficos à humanidade, quando bem usada.
 Podemos ver que muitos são os que se esforçam para transmitir informações sadias como o jornalismo, programas educativos infantis, informações de culturas em geral, mostrando como vivem pessoas em vários lugares do mundo e quais são suas dificuldades. Certo que muitas destas informações nos trazem por vezes algum tipo de tristeza, mas ao mesmo tempo nos mostram a realidade que está escondida onde jamais conseguiríamos chegar, devido às distâncias ou até mesmo falta de conhecimento sobre o assunto.
Atualmente a TV também é responsável por grande parte do evangelismo mundial, são muitas as emissoras que usam deste veículo de informação para entrar nos lares e transformar vidas com a Palavra televisionada.
Mas não se pode deixar de observar que existem muitas programações liberadas hoje que influenciam diretamente na vida emocional de um grande público mundial. Sua influência é tão grande que podemos ver isto dentro do nosso próprio lar, já não nos surpreendemos quando vemos nossos filhos (e até mesmo nós) imobilizados em frente de uma TV por algo que jamais contribuiria para a vida ou para o um caráter digno de um cristão.
Então, até onde a TV é benéfica?
A Palavra de Deus nos diz:

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é venerável, tudo o que é justo tudo o que é puro tudo o que é amável tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, seja isso o que ocupe os vossos pensamentos (Fp 4:8).

Ao meditarmos neste versículo podemos verificar que existem muitas coisas oferecidas dentro do lar para as famílias em geral, e principalmente para as famílias cristãs, destaco aqui cristãs, pois é ali que precisamos filtrar o que tem entrado em nossas casas e tomado conta de grande parte dos nossos dias e de nossas vidas (cf. Dt 6).
É certo que uma grande parte das famílias cristãs não esteja tomando os cuidados necessários para que todos que moram ali possam viver os princípios bíblicos nos tempos atuais e, ao esperar que seus filhos façam a diferença na escola, trabalho e casas dos amigos, acabam sendo surpreendidos com atos, atitudes e palavras mundanas que fluem diária e normalmente em qualquer lugar onde estejam sendo compartilhadas por eles.
Mas não somente as crianças, mas, também os adultos acabam por se deixar contaminar pela programação e é surpreendido com o não reconhecimento de sua vida cristã ao ser confrontado com a pergunta “você é realmente cristão?”, pois o que fala e faz não o deixa ser identificado como o tal.
O Pr. J. Lewis em seu livro “A TV e a família” (Digital) descreve a pergunta e discorre sobre o assunto da seguinte forma:

Quando a TV é muito? Não acho que exista um número sagrado ou uma respos­ta precisa que não viole a liberdade do Cristão. Contudo, Jacques Ellul aponta corretamente que “televisão age menos pela criação de noções claras e opiniões precisas e mais por nos envolver em uma neblina” (pg. 336). David F. Wells diz com respeito aos peri­gos da televisão que “A televisão abre para nós o mundo inteiro, legando-nos uma onisciência virtual” (pg. 230). Através da mídia da televisão nós somos encorajados a ter uma espécie de coloni­zação de experiência onde os pecados e virtudes dos outros são incorporadas dentro de nós. Por meio dos nossos olhos e ouvidos somos incitados a partilhar do pecado dos outros, uma vez remo­vido nosso senso de realidade. O que nós jamais faría­mos, prontamente, vemos e ouvimos[4].


O autor foi feliz na sua explanação, pois muitos cristãos não se incomodam em estar em frente a uma TV se enchendo de todo tipo de informação, pois tudo para ele está sob medida, e a resposta sempre é a mesma: “Eu sei quando parar!”, mas só para quando a programação acaba e ao mesmo tempo, sem perceber, acabam também com sua vida espiritual, pelo despejar de programações que o levam às mais incríveis ilusões em todas as áreas de sua vida. E como uma pessoa cristã poderá transmitir princípios bíblicos quando seu coração e pensamentos estão vivendo um momento de depravação total? “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6:45).
Quais serão os tesouros que estão saindo da nossa boca? E quais são os tesouros que estamos guardando dentro da nossa casa para enriquecer a nossa família?
Com certeza a Internet e a TV têm sido grandes desafios para a família cristã na pós-modernidade, e o maior problema é que elas tomam conta de boa parte do nosso dia e entram tão sorrateiramente que não conseguimos perceber, pois são detalhes que somente o tempo poderá nos mostrar. Mudam desde os nossos hábitos alimentares até nossa vida social e cristã, bem como as roupas e as conversas.
Como já escrevi, a TV e a Internet somam valores a nossas vidas, tanto que a maioria das casas tem estes aparelhos. O que estou questionando é que a mídia tem uma grande capacidade de influenciar e esta influência acaba muitas vezes levando famílias à destruição.
Se observarmos durante o dia as programações, veremos quantas são as cenas de violência física, notícias de estupros, pornografias, guerras de torcidas, podemos observar o quanto se ouve de palavras de baixo calão que se tornam comuns no dia a dia e estão liberadas para horários em que nossas crianças estão na frente do aparelho de TV.
São vários os ataques da mídia; falamos da TV, mas a internet também hoje não tem limites para o ataque direto a todas as pessoas através de propagandas livres. Infelizmente as famílias cristãs têm adotado muito destas programações e se envolvem a todo o momento nas redes sociais.
A televisão e a internet estão aqui, e vieram para ficar, o que não podemos é deixar que elas exerçam uma mudança sobre a nossa vida e de nossos filhos; estamos junto com elas e também sujeitos a toda sorte de mudança trazida pelo avanço tecnológico e o que ela gera pode ser bom, ruim ou péssimo. O que diferencia é que aquele que tem o poder do controle nas mãos saiba usar este “poder”.
No mundo de hoje muitas crianças têm graves problemas de saúde, como a obesidade, com certeza isto se deve a vários fatores, mas uma das razões que colaboram para este problema está voltada para a razão de ficarem horas sentadas na frente de uma televisão, consumindo todo tipo de alimento que veem pela frente, para conseguir suprir suas ansiedades. Quando estão assistindo algo que lhes interessa, gastam todo o seu tempo que têm sentados quase que imobilizados à frente de uma programação, e poderiam administrar este tempo fazendo algum tipo de exercício físico, ou ler um bom livro ou estudar.
Em muitos casos os próprios pais usam a televisão ou a internet como fuga para um momento de descanso, não se preocupando nem mesmo com aquilo que seus filhos estão assistindo, ou páginas da internet que estão visitando. Podemos encontrar muitos problemas com as programações, mas precisamos observar com rigidez os intervalos que também atuam como uma grande arma de ataque da mídia. O seu poder de persuasão é tão grande que acaba por prender ainda mais o telespectador ao oferecer produtos que geram nele o consumo desenfreado, mexendo diretamente em suas ambições.
Podemos observar que esta tecnologia acaba por deixar muitas pessoas preguiçosas intelectualmente, pois tomam conta de todo o tempo disponível, tanto para a família quanto para uma leitura bíblica, o que traz atrofiamento intelectual.
A mídia acaba por levar pessoas a se acostumarem tanto com o bom, quanto com as tragédias: a sensibilidade humana está se acabando, “engolimos” tudo com naturalidade.
Paulo, escrevendo para Timóteo, retrata bem esta situação futura e tão presente para nós:

Sabe, porém isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem (2Tm 3:1-3).

A influência no lado psicológico também é abundante, as programações trazem consigo as visões distorcidas da realidade, aquelas que estão longe do alcance de várias pessoas e induzem a uma busca de crescimento usando de artifícios nada cristãos para se chegar onde quer, acabam por ter novelas, filmes e reality-show que envenenam a mente humana com perversidades.
Estes ensinamentos são para mim como um manual de normas de destruição das famílias cristãs, manual que infelizmente muitos lares cristãos têm adotado como comum para os dias de hoje.
Também se olharmos para a influência do desenvolvimento moral, ainda fica mais claro o ataque às famílias pela televisão e pela internet.
Há alguns anos era “tabu” se falar de separação, traição, sexo antes do casamento, e sem se falar das brigas familiares. Pais que brigam com seus filhos, filhos que gritam com seus pais, irmãos se atacando com violência, gritos que tiram toda a união de uma família, enfim, toda a sorte de desgraça que era recusado pela sociedade (e principalmente nos lares cristãos) agora é “normal”.
Com a chegada destas tecnologias são raras às vezes em que não vemos tudo isso sendo apresentado como uma forma comum de se formar uma família da nova geração – uma família da pós-modernidade.
Trair tornou-se sinônimo de felicidade, algo que não traz nenhum prejuízo, os jovens aparecem insinuando um relacionamento sexual antes do casamento e às vezes até formulam uma gravidez para mostrar que isto também é normal; o homossexualismo que se vende nas telas acaba por levar todos a acreditarem ser tudo de bom... a liberdade sexual mostra a cara do novo mundo do século XXI.
Na realidade as novelas, os shows e até mesmo os desenhos infantis estão apelando para esses tipos de artifício para destruir as famílias. As armadilhas da mídia estão crescendo de tal forma que agora até mesmo a emissora Rede Globo coloca artistas simulando personagens cristãos e Igrejas cristãs nas novelas para aproximar evangélicos a assistirem a tais novelas, que passam dois minutos mostrando a vida do crente e despejam mais quarenta minutos de material destrutivo e imoral.
As famílias cristãs, especialmente os pais crentes, deveriam conhecer e aplicar aquilo que a Bíblia nos ordena e se afirma na CFW XII – § I[5] sobre a santificação:

Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo criado em si um novo coração e um novo espírito, são além disso santificados real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela sua palavra e pelo seu Espírito, que neles habita; o domínio do corpo do pecado é neles todo destruído, as suas várias concupiscências são mais é mais enfraquecidas e mortificadas, e eles são mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvadores, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus.
I Cor. 1:30; At. 20:32; Fil. 3:10; Rom. 6:5-6; João 17:17, 19; Ef. 5-26; II Tess. 2:13; Rom. 6:6, 14; Gal. 5:24; Col., 1:10-11; Ef. 3:16-19; II Cor. 7:1; Col. 1:28, e 4:12; Heb. 12:14

Embora muitas pessoas não acreditem as facilidades da pós-modernidade estarão presentes no desenvolvimento espiritual da família. A questão aqui é que um grande investimento em filmes e desenhos leva seu público a duvidar do criacionismo, e muitas vezes colocar em dúvidas a morte expiatória de Cristo, pois filmes e novelas mostram a volta à vida após a morte e o envolvimento de pessoas vivas com suposto ser que já se foi, e que volta para dar um recado e alertar aqueles que ficaram para uma transformação, ou ajudá-los a crescer através de suas “luzes” espirituais, e este pensamento está totalmente contrário ao que a Palavra de Deus nos ensina Jesus em Lucas:

Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. (Lc 16.19-31)


 O envolvimento com estas programações poderá trazer dúvidas e pode em muito prejudicar o crescimento espiritual de uma criança ou até mesmo de um adulto que não tem conhecimento suficiente da Palavra de Deus, assim abalando totalmente a estrutura da família.
O que mais assusta é que muitas pessoas, por curiosidade, se envolvem em assuntos como esse e acabam perdendo um tempo tão precioso em que poderiam estar estudando a Bíblia e buscando conhecimento e interesse por aquilo que realmente os edificaria e também sua família. Estas pessoas perdem todo este tempo ficando em frente a uma televisão ou aconselhando-se com o “espírito Google”, que lhes trará com certeza mais dúvidas e afastamento de Deus.
Na realidade o homem e sua família que se utiliza desta tecnologia de forma errada acaba por perder os verdadeiros conceitos bíblicos e se iludi com as ficções da pós-modernidade, trazidas pelo crescimento rápido da tecnologia.
Cuidado com a severa advertência de Hebreus 12.14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”
Os lideres da casa (Pai e mãe), precisam tomar um cuidado especial e urgente sobre seus filhos, e até mesmo sobre eles, para que possam ter o controle daquilo que podem ver e ouvir. Precisam saber que toda tecnologia traz consigo assuntos verdadeiros e falsos que precisam ser analisados para que possam fazer parte de nossas vidas.
Filtrar o que vemos e o que ouvimos é como comer um peixe, comemos o peixe, mas não com os espinhos, antes os retiramos e saboreamos aquilo que realmente nos faz bem. A carta do apóstolo Paulo aos Tessalonicenses nos diz: “julgai todas as coisas, retende o que é bom” (1Ts 5.21)


1.2         OS VÍCIOS DA TV E DA INTERNET


Este sem dúvida é um assunto muito difícil para se tratar, seja pessoalmente ou até mesmo virtualmente, quanto mais para se levar ao conhecimento de pessoas que estarão lendo este trabalho, principalmente porque não conseguirei desenvolver um trabalho completo sobre o assunto devido a sua vastidão. Certamente serão vários pontos a serem estudados, mas não se esgotarão.
            Paulo escrevendo aos Efésios:

Eles perderam toda a vergonha e se entregaram totalmente aos vícios; eles não têm nenhum controle e fazem todo tipo de coisas indecentes... Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês (Ef 4.19; 5.3).

E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes porém reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha. (cf. Ef 5.11-12).


Pedro confirma a situação mostrando como estes homens serão vistos por Deus dizendo: “Ele castigará especialmente os que seguem os seus próprios desejos imorais e desprezam a autoridade dele” (2Pe 2.10).
Quando nos deparamos com estes versículos, olhando à luz da situação da internet, podemos ver como é grave quando vemos muitos jovens e adultos perdendo tempo na frente de computadores e televisões em canal fechado em altas madrugadas, em momentos às escondidas de suas mães ou esposas (os) imaginando que são estes os que mais podem acusá-los sobre suas atitudes depravadas. Quando surpreendidos, fecham o computador, desligam o televisor ou viram para o canto da parede, não deixando à vista de quem está chegando. Mas nem se lembram dos olhos daquele que eles mesmos não veem, mas que vê todas as coisas, daquele que está em todos os lugares e sabe de todas as coisas e pode todas as coisas (Sl 139.1-7), o Deus todo Poderoso: é Dele a maior cobrança.
Como diz o apóstolo Pedro: “Ele castigará especialmente os que seguem seus próprios desejos” (2Pe 2:10, NTLH).
E não é novidade para ninguém que o homem tem uma tendência muito grande para o caos, e para sua própria destruição através do pecado. Infelizmente a maior desculpa de um crente que cai nesta armadilha é que tudo começou somente para ver como era, para poder combater sabendo do que se tratava, e quando viu estava totalmente envolvido com a situação que acabou por destruir toda a família.
A Palavra de Deus nos dá várias direções para que o homem fuja daquilo que pode levá-lo a esta tragédia. Paulo é categórico na ordem: “Fugi da impureza” (1Co 6.18a). E não somente neste versículo o apóstolo exorta a esta ação, ele também afirma que:

Mas a impudicícia e toda sorte de impureza ou cobiça nem se quer se nomeiem entre vós, como convém aos santos; (Ef 5.3).
Porquanto Deus não nos chamou para a impureza e sim para a santificação. (1Ts4.7).

O escritor de Hebreus diz:

Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os ímpios e os adúlteros (Hb 13.4).


O salmista no Salmo 139 revela as profundezas da onisciência de Deus quanto ao que homem faz:

Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pela caminho eterno  (Sl 139:2- 4, 7, 11-12-24).


O nosso exemplo é José, que ao ser tentado fugiu (Gn 39:12c).
Este capítulo de Gênesis mostra a ação correta do homem ao ser confrontado com o pecado. José estava servindo a Potifar o qual achou graça em José e o colocou em seu palácio. Assim José o servia com toda fidelidade, porém, acaba por ser assediado pela esposa do seu senhor que chama José para sua cama. Mas, ele, temente a Deus e consciente do seu dever como servo, não aceita o convite, e foge.
A história de José nos mostra a consciência do homem que conhece a Deus e a Seus mandamentos. José poderia mudar a história de sua vida ao aceitar o convite daquela mulher, porém, tinha o conhecimento que os olhos de Deus estavam sobre ele e isto viria a separá-lo da comunhão com Deus.
Além de conhecermos esta história, lembramos a ordem de Paulo:
“Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo” (1Co 6.18).
A advertência do capítulo XX § III da CFW[6] é clara:

Aqueles que, sob o pretexto de liberdade cristã, cometem qualquer pecado ou toleram qualquer concupiscência, destroem por isso mesmo o fim da liberdade cristã; o fim da liberdade é que, sendo livres das mãos dos nossos inimigos, sem medo sirvamos ao Senhor em santidade e justiça, diante dele todos os dias da nossa vida.
Luc. 1:74-75; Rom. 6:15; Gal. 5:13; I Ped. 2:16; II Ped. 3: 15.




1.2.1    Viciados na madrugada do Bate-papo



Podemos iniciar falando do adultério virtual que tem levado tantas famílias a ruína total, e ao contrário do que muitos pensam não se concretiza somente com o ato sexual, mas são muitas as maneiras pelas quais ele se aloja no coração do homem, e ao ser descoberto se torna um escândalo e vergonha para o reino de Deus.
 Jesus falando aos seus discípulos diz:

Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo! Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo (Mt: 18:7-9).

Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela (Mt 5:28).

São nas madrugadas que homens e mulheres acabam por entrar em aventuras amorosas utilizando-se da internet, e na maioria das vezes em uma “sala de bate-papo”, em conversas que se arrastam por várias horas e por vários dias, meses, e os leva a uma intimidade virtual na qual não se veem rostos e usam de sua imaginação para formar uma pessoa, os detalhes são os que dão forma e beleza sem fim e a enganação constrói um “super - homem” ou uma “mulher -  maravilha” que geram sonhos até que o interesse é tão grande que acabam marcando um encontro para se conhecer, e daí o que se segue para frente, é que o que parecia impossível se torna possível, a brincadeira virtual se concretiza e toda a família sofre suas consequências. O ladrão vem para roubar, matar e destruir (Jo 10:10a).
Este ataque não é natural, muito pelo contrário, é sobrenatural e não vem apenas para assustar a família, mas sim, para “matar, roubar e destruir”. Em um termo bem espiritual, podemos ver que o diabo, como já se fala anteriormente, ataca a família, porque ela é promessa de Deus e por isso é seu alvo e assim ele mata a sua fé, rouba o seu sossego e destrói os seus sonhos.


1.2.2    Os viciados 24 horas do Facebook



Podemos também falar dos viciados do Facebook, 24 horas atentos a todas as postagens. Agora o que era tão restrito, se torna público; os encontros aparecem em fotos; os problemas são descritos em seus mínimos detalhes e expõem também toda a família. E os cristãos infelizmente também estão inseridos neste vício.
O Pastor Paulo Pyrrho[7], em sua publicação, demonstra uma grande preocupação em relação à internet e neste caso principalmente ao Facebook. Ele declara não ter nada contra o uso da rede social, mas sua preocupação vem com a cautela que deverá ser aplicada pelos cristãos usuários, pois neste momento em que as igrejas têm passado por tantas críticas devido ao comportamento e a ideologias pregadas, em que o evangelho tem sido tão desacreditado no Brasil, qualquer palavra errada poderá ser motivo para um escândalo.
Tudo o que se coloca no Facebook poderá repercutir algumas vezes no âmbito mundial, (dependendo do seu círculo de amizade), e tudo o que você fizer e adicionar ao “Facebook”, poderá impactar positiva ou negativamente, auxiliando ou prejudicando a si mesmo e também a todos aqueles que estiverem ao seu redor na rede social.
Infelizmente isto não está acontecendo por algumas horas do dia, mas os “Facebookeiros estão vinte e quatro horas no ar”. Ignoram a terrível afirmação de Jesus, “Em verdade, em verdade vos digo: Tod o que comete pecado é escrevo do pecado” (Jo 8.34).
As postagens saem a todo “vapor”, conversas se cruzam, brincadeiras e piadinhas são postadas a cada minuto.
O maior problema deste ato é que, em meio a tantas coisas acontecendo, ao invés do cristão fazer a diferença, acabam por participar diretamente das malícias, provocações e até mesmo usam de palavrões para atacar um irmão de outra denominação, religião ou time de futebol. Alguns expressam uma vida espiritual que não vivem, demonstrando uma verdade que só existe virtualmente, nada mais do que uma mentira que só desagrada a Deus. Existem casos em que cristãos deixam de ser verdadeiros para agradarem a um amigo e aceitam tantas coisas, e acabam por desagradar a Deus.
Pyrrho expressa seu pensamento a este respeito:

No evangelho de Lucas nos diz que “a boca fala do que o coração está cheio”, trazendo para nosso contexto poderíamos dizer que: ’A MENTE DITA E OS DEDOS DIGITAM SILENCIOSAMENTE O QUE O CORAÇÃO ESTÁ CHEIO’[8]. (grifo do autor)

Por esta razão, precisamos prestar muita atenção naquilo que postamos, apoiamos e compartilhamos nas redes sociais em geral, porque, tudo o que fazemos nesta rede social são as referências que indicarão quem somos verdadeiramente aos olhos daqueles que veem.
Uma vez que a usamos, nosso dever é “agradar a Deus a não a homens”
(At 4.19).
Paulo escrevendo aos Gálatas diz: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1.10).
Concluindo, é importante e urgente para a igreja e os pais ademoestem os jovens, conforme consta da CFW, capítulo XVII, § III[9]:

Eles, porém, pelas tentações de Satanás e do mundo, pela força da corrupção neles restante e pela negligência dos meios de preservação, podem cair em graves pecados e por algum tempo continuar neles; incorrem assim no desagrado de Deus, entristecem o seu Santo Espírito e de algum modo vêm a ser privados das suas graças e confortos; têm os seus corações endurecidos e as suas consciências feridas; prejudicam e escandalizam os outros e atraem sobre si juízos temporais.
Sl. 51:14; Mt. 26:70-74; II Sm. 12:9, 13; Isa. 64:7, 9; II Sm. 11:27; Ef. 6:30; Sl. 51:8, 10, 12; Ap. 2:4; Is. 63:17; Mc. 6:52; Sl. 32:3-4; II Sm. 12:14; Sl. 89:31-32; I Co. 11:32.



1.2.3.   O vício diário da TV



O homem por si mesmo muitas vezes não conseguirá vencer este mal, que uma vez alojado em sua mente, é como se fosse uma droga na vida de um usuário, agora ele passa a ser um viciado virtual e precisa de um tratamento.
Os casos de viciados virtuais que se envolvem com a TV estão muito além de um tratamento natural, em que um psicólogo possa com toda sua técnica chegar a um resultado eficaz.
São muitos os homens e mulheres que buscam canais fechados com conteúdos pornográficos para sua satisfação pessoal, como também programas que mostrem tudo aquilo que é impossível como uma realidade palpável, levando-o muitas vezes a fazer loucuras para adquirir algum bem material ou até mesmo viagens. 
As crianças chegam a passar várias horas na frente da tela dominadas por super heróis que, em seus pensamentos, podem um dia chegar a ser. Pois se alimentam de toda sorte de ilusões descarregadas pelo mundo virtual a todo o momento.
O ser humano não é um brinquedo com o qual pessoas fazem experiências e, se não der certo, continua-se a fazer outras, até que se acerte ou se jogue no lixo, e adquire-se outro brinquedinho para continuar a fazer o que se pretende. Todos somos criaturas de Deus, foi Ele quem nos fez e nos deu a vida: “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gn 2:7). (grifo meu).
Desta forma não podemos ter dúvidas de quem é o fabricante de cada ser humano, e quem tem o poder de curá-lo, em qualquer situação. O seu fabricante é Deus, e Ele não está brincando com seus sentimentos, logo tem pressa em consertá-lo (Jo 8.32, 34, 36), somente Cristo liberta dos vícios.
Mas infelizmente este não é o pensamento de todos que estão passando por este grande problema, e sendo assim, acabam procurando um “amigo” de escola, de trabalho, um vizinho, pessoas tão pecadoras quanto ele e por esta razão acabam por se afundar cada vez mais.
O viciado virtual não vê perigo naquilo que faz, mas ele é como qualquer outro viciado que conhecemos, para ele não existem limites, acaba por ficar várias horas na frente de uma TV buscando todo este tipo de material já citado acima e se esquece de comer, tomar banho, conversar, trabalhar – em suma, deixa de viver. Só Jesus ressuscita mortos em vida – mortos em seus vícios escravizadores, como as drogas: o viciado em TV é tão alienado da vida como os viciados em crack, heroína, ópio, etc. (Jo 11:25,40).
Jesus não deixa margens para dúvidas quando declara que “os olhos são lâmpada para o corpo” e adverte que os olhos podem trazer “trevas” a sua vida (Mt 6.22-23), “vigiar para não entrar em tentação” (Mt 26.41), é tão essencial  em relação aos olhos, que Jesus faz terrível advertência, usando hipérbole:Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mt 5.29).
O apóstolo João igualmente é enfático:

Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procedem do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente (1Jo 2.15-17).

Os pais e responsáveis deveriam atentar para ordens tão categóricas, com tão terríveis conseqüências, e vigiarem mais a mídia e usarem com mais sabedoria e autoridade o controle remoto. Afinal, Paulo sabiamente ensina: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convem, e eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. (1 Co 6.12 grifo meu).



2.         OS DESAFIOS DA SANTIFICAÇÃO DOS FILHOS, DA FAMÍLIA E DA IGREJA  NA PÓS-MODERNIDADE.


Como estão as famílias quando saem para aprender novos ensinamentos? E como elas estão preparadas para receber informações que podem questionar toda a sua expectativa de vida e pensamentos futuros a respeito daquilo que sempre foi a base da sua cultura e fé? Talvez este questionamento nunca tenha passado na mente daqueles que formulam tais questões e nem mesmo se prepararam para fazer, ou para responder a uma pergunta dessas. Mas todos ficam emocionados (principalmente as mães) quando levam seus filhos para o primeiro dia de aula, e só pensam como ele irá se sair com as novas amizades, se vai se alimentar direito e no horário correto, se os professores terão paciência com eles.
Hoje são raros os pais que se preocupam no primeiro dia de aula de seus filhos, com o que será ministrado sobre a sua vida, qual será a base para os estudos, quais seriam os conceitos a serem utilizados e, principalmente, se terão um conceito cristão, uma base cristã para passar a seu filho; afinal, este é o começo de uma longa jornada, e tudo que começa bem, termina bem.
Preocupa-se com o “buling” mas não com as palavras que minam a santidade dos filhos.
A realidade da pós-modernidade nos mostra que um dos maiores desafios de uma família cristã seja realmente este, o ensino de seus filhos. Pois no Brasil temos todo o tipo de escolas, e cada qual com seus conceitos e mesclam espíritas, católicos, cristãos e muitas outras e assim temos também nossos filhos expostos a toda sorte de conhecimento e algumas sem nenhuma base cristã.
Mas também não se tem muita escolha, principalmente porque são poucas escolas confessionais em nosso país e principalmente são raras as pessoas que têm uma perto de sua casa ou até mesmo em sua cidade. Aos pais cabe urgentemente saber onde estão seus filhos, em que contexto estão sendo criados, e o que estão aprendendo. Afinal “de que vale o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Lc 9.25).
Quais são as implicações que o mundo traz para a família cristã na pós-modernidade? Onde fica a ordem categórica de Deus aos pais? O livro de  Deuteronômio nos diz:

Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas (Dt 6:6-9).

Quando olhamos para estes versículos vemos o compromisso dos pais com seus filhos, e não adiantaria um pai querer ensinar algo que não sabe. A Palavra de Deus aqui dá uma ordem expressa, que ela deve estar primeira no coração do pai, que tem como compromisso saber, entender e aplicar em sua própria vida. Os pais buscam a santificação pessoal e familiar e incutem esse ensino nos filhos, sem descanso, até eles aprendem!
O apóstolo Paulo instrui:

Habite, ricamente, em vós a Palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração (Cl 3.16).

Infelizmente muitos crentes não separam muito tempo para se aplicar ao conhecimento das Escrituras, e como poderiam dizer como Davi?:

Bem aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes na lei do Senhor, medita de dia e de noite (Sl 1.1-2).

É meditar e guardar esta Palavra em seu coração, é guardar no coração da forma que ensina o salmista: “Guardo no meu coração as Tuas Palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119.11). A obrigação do pai que almeja ver seu filho em condições de enfrentar o mundo pós-moderno é fazer de tudo para que ele também guarde esta Palavra, é como bater um prego na madeira até o fim, sem desistir porque a madeira está dura o pai precisa gastar tempo com seu filho, ensiná-lo mesmo que esteja difícil, mesmo que esteja com uma missão dura, deverá ir até o fim (martelando e martelando), inculcando no seu filho, isto é, ensinando a todo o momento, assentado na mesa do café e do almoço, falando dos conceitos bíblicos e do amor de Deus, e da mesma forma quando sair para caminhar em um horário de lazer, o pai não pode deixar de mostrar as obras das mãos de Deus, o céu, às árvores, o mar e tudo o mais que Ele fez.

“Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anunciam a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite” (Sl 19:1-2)

É obrigação de o pai mostrar como deve ser o viver cristão, pois é assim que os filhos crescerão no temor do Senhor. Ao chegar à noite o pai não pode também deixar de orar com seus filhos, mostrar-lhes o quanto o Senhor foi bom para com todos da casa durante o dia, os provendo saúde, alimento, trabalho e a própria vida e que a noite é também um presente de Deus, pois Ele os fortalecerá para o dia seguinte quando os dará tudo de novo, segundo a Sua vontade.
Assim deve ser o viver de um filho que guarda no coração os conhecimentos do Deus que seu pai lhe ensinou desde pequeno, Os filhos não precisam sair dizendo que são crentes, pois seu proceder mostra a glória de Deus na sua vida.
A Palavra de Deus é o alicerce de toda a família cristã, e por isso devemos respeitar e adotar todo o seu procedimento. Precisamos buscar cada vez mais conhecimento nela, crescendo na santificação.
Lou Priolo, em seu livro “O Caminho para o seu Filho Andar” enfatiza este conhecimento da Palavra e fala da necessidade de amá-la intensamente:

A vida cristã enquanto permeada por boas intenções de leitura constante das Escrituras, também é marcada por várias quebras dessas resoluções, várias frustrações de não se conseguir levar avante, sem interpretação, essas boas intenções. Jesus nos exorta a ‘ensinar as escrituras’ (Jo 5.39), isto é, devemos esquadrinhar a Palavra de Deus, meditar nela, submetê-la a todo o tipo de análise, perceber todas as suas mudanças. Devemos ser obcecados pelo desejo de entendê-la. Essa preocupação apaixonada não deve jamais tornar-se eventual ou secundária. Deveria ser uma prioridade na vida cristã, uma atividade em torno da qual gira sua existência[10].

A isto acrescento alguns versículos que confirmam a sua forma de pensar:

Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4.4)

...desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação (1Pe 2.2)

Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim (At 17.11).

 A Palavra de Deus deve direcionar tudo aquilo que entra em nossa casa, ela deve estar nos umbrais da nossa porta, no sentido de designar o que entra ou não em nosso lar, sejam amizades, palavras ou programas de televisão ou internet. O que determina as amizades e programações, não são os “botões” ou classe social, mas sim, o conhecimento que temos da Palavra, que naturalmente nos mostram o que é bom ou ruim para estar dentro de nossa casa. Afinal, se nosso lar é santo, é separado para Deus.
Por ser assim é necessário em primeiro lugar dizer que o ataque às famílias cristãs em uma grande proporção vem diretamente através da vida dos nossos filhos.
 Vemos que a pós-modernidade traz consigo uma vasta característica de influência e conceitos de mudanças de comportamentos e pensamentos que são totalmente contra a visão cristã, e por esta razão acabam por colocar em dúvidas todo o conceito de uma família. Sei que uma criança não nos questionará a respeito de assuntos religiosos, mas não irei me deter a filhos pequenos, mas a todos os filhos, desde seu primeiro dia de aula até sua faculdade, porque entendo que os ideais cristãos se formam com o tempo, e é no seu crescimento que vemos toda a diferença do agir de Deus. Só obedecendo a Deus seremos felizes, conforme nos ensina  o apóstolo Paulo:  

 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.1-2). 

Como podemos ver no Salmo 1 as diferenças que existem entre aqueles que conhecem a Palavra, e a usam constantemente (de noite ou de dia), como regra de suas atitudes e também de consolo nas horas de dificuldades. Ao contrário do ímpio, que luta contra a justiça e também tenta de várias maneiras usarem de sua perversidade para confundir os que são cristãos, porque para eles é fácil ser dirigido pelo conselho dos maus, (porque fazem parte de sua caminhada), satisfazerem primeiro os desejos de sua carne. Muitos são os ímpios que dão frutos maus, por não haver em sua mente o discernimento de Deus. Desta forma acabam por acreditar que os pecados existentes no mundo, como o homossexualismo, deve ser aceito para que não haja acepção de pessoas, e mostram assim o seu lado aparetem correto , honesto e caridoso, mas que na realidade não retrata as verdades de Deus.
Comparando seus atos e atitudes com as do justo, vemos o quão grande é a misericórdia de Deus, que os livra de andar nos caminhos maus, e ao contrário, coloca em suas mentes a santificação e os chama a uma vida onde terão novos prazeres, esperanças, temores, companhias e ocupações. Os seus pensamentos, palavras e ações mostrarão suas diferenças: “o justo tem vida santa e abençoada, o ímpio será julgado e exterminado” (Sl 37.17-20).
Sendo assim, podemos aplicar este estudo com base a um despertamento a esta nova fase de aprendizagem, em que nos deparamos com a realidade pós-moderna. Suas características cabem dentro e fora das escolas porque também aprendemos no dia a dia, com as situações adversas à nossa fé e com a vitória que Deus dá sobre o pecado, desde de que O busquemos sempre.
A CFW afirma no capítulo XV § I e esclarece a importância da vida com Cristo:

O arrependimento para a vida é uma graça evangélica, cuja doutrina deve ser tão pregada por todo o ministro do Evangelho como a da fé em Cristo[11].
At. 11: 18; Luc. 24:47; Mar. 1: 15; At. 20:21.


2.1         OS DESAFIOS DO MATERIALISMO E DO EXISTENCIALISMO



Como se pode ver, tudo o que se ensina vai diretamente contra a presença de Deus na vida do homem; na realidade, o foco é retirar o centro de todas as coisas de Deus para que nós sejamos o centro do universo. A mídia investe diretamente no ensino do eu quero, “eu posso, eu mereço, eu tenho”, tudo está centrado na minha vontade. Desta forma, quando olhamos para este quadro podemos ver que os conceitos que fazem parte de todas as famílias, independentemente de seu credo religioso, foram substituídos aos poucos por uma nova dimensão em que e a cosmovisão bíblica está sendo contaminado por novas formas de se ver o mundo; o materialismo e o existencialismo fazem com que a maneira de se ver as coisas mude completamente, o que torna o homem atual um crítico.
Seu lema é “carpe diem” – aproveitem o “hoje”, não se preocupem com o amanhã – “gozem a vida”, pois tudo é passageiro... morreu, acabou... então, “curta adoidado!”
Infelizmente o que se tem ensinado é exatamente o individualismo e o egoísmo, que estão inseridos no materialismo e no existencialismo, que levam a pessoa a ser egocêntrica e viver em buscar daquilo que lhe traga benefícios imediatos sem pensar no que pode prejudicar a outros e a si mesma no futuro.
O mundo hoje gira em torno de decisões que mudam para pior a história de uma vida, de uma família e de um país.
Quando lares são separados, maridos ou esposas trocam o convívio da família por aventuras amorosas, deixando para trás esposa (o) e filhos, destruindo seus sentimentos, não imaginam quão grande é o prejuízo psicológico que se instala no lar. Não somente a separação matrimonial traz prejuízos familiares mas também muitos são os homens e mulheres que se ausentam do seu lar em busca  da perfeição do corpo escultural, pais e mães passam horas em academias deixando seus filhos com empregadas que fazem a parte que caberia a eles. O hedonismo com a falácia do “corpo sarado” tira-os do lar.
Tudo tem uma medida, e a medida certa é a medida que não separa a família para o seu bem estar egoístico.


O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas (Fp 3.19).

Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra.
(Cl 3.1-2).


O Pr. João Batista Cavalcante escreve a respeito desses pensamentos e atitudes e mostra como está sendo ensinado este tipo de procedimento, como sendo comum, diz ele:

Vivemos num contexto de evidente risco na área de adultério. Um artigo publicado pela revista VIP Exame chega ao ponto de defender que “casar é humano, e trair mais ainda”, que “o adultério é um imperativo genético” e que, “tanto o homem como a mulher estão programados geneticamente para o adultério”. Fazendo coro com a literatura existente, a televisão, as músicas, o cinema e todos os meios formadores de opinião que marcam a cultura dominante no mundo atual incentivam a prática sexual indiscriminada, o adultério e toda forma de promiscuidade[12].

Os ensinamentos, tanto vindos da mídia quanto da literatura, acabam por atacar a família em um todo, Não conseguimos tapar os nossos ouvidos, nem fechar os olhos para o que está acontecendo, pois “está debaixo do nosso nariz”, e o mais trágico é que a revista, como já falamos, trata do assunto como se fosse comum, e em momento algum se refere às destruições causadas pelo rompimento de um casamento. Rompem-se os laços do casal e também distanciam os filhos e com certeza se estabelece um trauma familiar.


2.2         O DESAFIO DO RELATIVISMO PARA A FAMÍLIA CRISTÃ NA PÓS-MODERNIDADE.


Só Deus é santo e exige de nós a santidade.
Ao publicar a matéria “Uma visão cristã das várias formas de relativismo” no site da CPAD, Esdras Bentho retrata resumidamente o assunto dizendo:

Apesar da teoria relativista de nosso tempo, o cristianismo ensina os valores absolutos. Os princípios e valores cristãos são opostos às normas e valores do mundo. Em primeiro lugar porque nós, os cristãos, cremos na existência de um só Deus, cujas leis regem não apenas o Universo, mas nossas vidas, planos e vontade. A cultura mundana, no entanto, nega a existência de Deus, ou então vive como se Deus não existisse (Sl 14.53). Os valores cristãos possuem, pelo menos, três características principais. São universais, absolutos e imutáveis, pois procedem da vontade do Deus Pessoal Absoluto, Imutável e Universal[13].

Tendo este conceito a respeito do assunto podemos observar a vida de um personagem que se envolveu nesta situação em seu tempo e nos mostra que também não estamos isentos de passar por tal problema, e ao mesmo tempo nos mostra a solução que está em nos arrependemos e nos voltamos às verdades e vontades bíblicas.
Quando olharmos para a vida de Davi, “um homem segundo o coração de Deus” (At. 13.22a), podemos ver que trazia dentro de si as marcas do pecado como qualquer um de nós, e não se dando conta disso acaba se deixando levar pelas vontades de seu coração, e isto tudo por estar no lugar errado, na hora errada e olhando o que não deveria olhar, mas achou que podia fazer aquilo, e toda uma tragédia se instalou e o acompanhou por toda a vida. Olhando para esta condição à luz da pós-modernidade, podemos chegar com certeza na condição do “relativismo” que é uma condição ensinada nas escolas e apresentada na vida de muitos que estão ao nosso lado, e que leva a humanidade a ver que não existem mais os absolutos morais como integridade, honestidade, santidade e temor a Deus; a verdade deixa de existir, o que é errado para mim, pode ser certo para outra pessoa e assim o caos se estabelece. Expressões como: “todas as religiões são boas”, “Deus ama a todos e está em todos”, “homossexualismo é uma opção e deve ser respeitado”, “temos o livre arbítrio, cada um sabe o que deve fazer da sua vida” acabam levando a sociedade à inevitável queda. Este sem dúvida é um grande desafio para a família cristã, que tem em muitos casos colocado em prática a relatividade moral e espiritual, relativizando a santidade de Deus.
O Pr. Valdemir Costa em seu blog descreve assim esta condição:

A pós-modernidade rejeita a verdade, como “verdade absoluta”. São os Pilatos dos nossos dias. Rejeita a ideia de padrões universais. Hoje nada mais é “verdade absoluta”; tudo é relativo. O que é verdade para uns, não precisa, necessariamente, ser verdade para outros[14].

São verdadeiramente aqueles que rejeitam as verdades absolutas e eternas de Deus, e a isto o apóstolo Paulo escreve:

Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se Lou cose mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente Amém (Rm 1:21-25).

O fato de Paulo escrever desta forma nos mostra bem como estava a situação naquela cidade, embora nos versículos anteriores ele comece a falar da glória de Deus, muda rapidamente o assunto para mostrar que todos eram pecadores porque estavam rejeitando as verdades de Deus e por esta razão o Senhor estava irado com eles (Rm 1:18), e isto com certeza traria maus resultados para suas vidas, pois os seus pecados são indesculpáveis diante de Deus (Rm 1:19-20) porque Ele se deixou conhecer por todas as coisas que Ele mesmo criou, e o homem não poderia dizer que não O conhecia. Porém, o homem acabou não dando a importância devida a Ele e não O glorificou e nem deu a Ele graças pelo seu amor. Antes O trocou pelas suas vontades e desejos carnais, acreditando ser ele (o homem) sábio o suficiente para tomar suas próprias decisões e ser beneficiado por elas. Fizeram de tudo, até mudaram as verdades de Deus em mentira, preferindo adorar a criatura no lugar do seu criador.
A semelhança destes versículos com a realidade pós-moderna nos leva até mesmo a pensar que o Apóstolo Paulo está escrevendo diretamente para nós. O que vemos hoje é exatamente o homem transformando toda a palavra de Deus em mentiras para retirar dela algum proveito. As verdades absolutas foram rejeitadas e todos podem todas as coisas, o “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co 6.12), deixou de ser uma verdade completa para ser lido somente “Todas as coisas me são lícitas” deixando assim uma porta enorme aberta para o diabo destruir uma vida, ou até mesmo uma família, porque o que é lícito neste mundo leva o homem a desejar ser dominado por ele.
Deus é categórico em seu juízo:

Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos (Rm 1.22).

O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles esta na sua infâmia, visto que se preocupam com as coisas terenas (Fp 3.19).
Considerando tudo acima , concluímos que as verdades absolutas de Deus são imutáveis, e as penalidades do pecado também!


2.3         O DESAFIO DO SECULARISMO NA FAMÍLIA CRISTÃ


Cuidado com as ordens expressas por Paulo:

Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro. Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. (1 Jo 4.1-8).

            Deus é santo e leva a santidade a serio!
O ensino tem como meta também moldar opiniões, e outros conceitos pós-modernos transmitidos nas escolas e vividos no mundo, como o secularismo, um modo de vida onde Deus deixa de ser e ter seus valores neste mundo e as pessoas passam a se acostumar e a se conformar com as coisas que acontecem ao seu redor e que acabam por levá-las para longe de Deus. Isto é, o ser humano perdendo sua sensibilidade ao ver os problemas dos outros, e por mais que haja injustiça, tudo parece ser normal, o pensamento e o ensinamento são: porque o mundo é assim e cada um paga o preço por aquilo que fez ou deixou de fazer, ou seja, por suas escolhas.
Por esta razão o que se ensina é que é comum a cada um buscar o seu prazer a qualquer custo, e isto vale de se buscar realizar os seus sonhos mais caros, mesmo que para isso as pessoas precisem passar por cima de todos os princípios éticos (destruir os outros para construir a si mesmo), e dentro de todo este conceito ainda está a influência da mídia, que tem forças suficientes para transformar os costumes e o caráter humano fazendo com que muitos vivam na superficialidade dos seus relacionamentos.
Diz o Pr. Valdemir:

Creio que este tem sido o maior desafio da família no secularismo da pós-modernidade. Atualmente muitos têm a família como um projeto que precisa terminar. Quando na verdade a família é um projeto de Deus. Cabe a essa família buscar constantemente um melhor relacionamento consigo mesmo e com, qualidade[15].

Não podemos pensar e agir a nosso favor e ignorar que existem pessoas que necessitam de ajuda e amparo passando pela mesma calçada que nós. Temos que preservar os valores bíblicos no lar- o que exige tempo, fé e esperança em Deus.
Afinal o apóstolo João nos adverte “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”  1 Jo 1.17.
E o apóstolo Paulo declara enfatizando para termos de fazer escolhas entre a carne e o espírito: ou carne ou espírito – não há conciliação possível para viver a santidade exigida por Deus (Gl 5.16-23).

2.4         OS DESAFIOSDO ENSINO DA SEXUALIDADE NA PÓS-MODERNIDADE


As escolas e o mundo tentam nos ensinar a todo o momento, talvez muitos de nós não tenha visto até hoje algo tão combatido como a Bíblia. São tantos questionamentos quanto ao uso daquilo que ela ensina através da escrita, e esta proibição de seu uso vem em primeiro lugar da escola.
Tudo o que se fala, e está escrito na Palavra de Deus, vira automaticamente motivo de conchavos ou piadas na sala de aula, mas seja onde for que entremos com a sabedoria espiritual, com certeza as trevas se levantam.
Em geral todos nós somos desafiados aos apelos da sensualidade, e na caminhada cristã vemos que isto não se detém apenas a não cristãos. A sensualidade está no mundo e todos são vulneráveis a ela. Infelizmente temos encontrado, na caminhada cristã, muitas famílias destruídas por estarem envolvidas em casos de relação sexual antes do casamento ou até mesmo gravidez, envergonhando assim a Cristo, o evangelho e a família. Os adultérios e divórcios estão se tornando algo comum até mesmo em meio aos cristãos.
Na realidade, podemos observar que os ensinos das escolas atuais não fogem disso, o governo tem se empenhado de várias maneiras para introduzir a liberdade sexual na mente de seus alunos. Existe uma grande luta hoje contra o governo para não se implantar o “kit-gay”. Alunos já deveriam ter como material, estas cartilhas que mostram a sexualidade como uma nova forma de prazer, ainda mais, não se limita aos casais normais, mas se estende aos que se “unem a outro(a) do mesmo sexo”. Fora o governo e a escola ainda, existem o incentivo de amigos e a pressão destes para o cristão entrar no pecado.
Luiz Alberto Dias Argüello escreve:

Os astutos estão sempre por perto, e vão ter uma solução para qualquer dúvida ou problema que você tenha. Parece que os conselhos deles “nunca falham”. Eles vão estar sempre por perto de você, dizendo: “você não é homem?”, “não tem perigo, é só usar camisinha” [16].

A escola vem com os ensinamentos que vão a grande parte contra os conceitos bíblicos, e para variar, estão recheados de supostos “amigos” que mais parecem coveiros, querem somente enterrar o cristão e sua fé. Podemos ver que amigos assim sempre existiram (2Sm 13:1-19). Infelizmente hoje, diferente dos relatos bíblicos, alcançam apoio dentro e fora das escolas, e até mesmo de muitos lares onde os filhos têm o chavão “você não manda na minha vida”.
Além da palavra de Deus ressaltar a santidade do casamento, instituído por Deus em (Gn21.24), abençoado por Jesus no primeiro milagre e comparado à união de Cristo e / a igreja por Paulo (Ef 5;6), a CFW capítulo XXIV, § I e II é claríssima em afirmar:

I. O casamento deve ser entre um homem e uma mulher; ao homem não é licito ter mais de urna mulher nem à mulher mais de um marido, ao mesmo tempo[17].
Gen. 2:24; Mat. 19:4-6; Rom. 7:3.

II. O matrimônio foi ordenado para o mútuo auxílio de marido e mulher, para a propagação da raça humana por uma sucessão legítima e da Igreja por uma semente santa, e para impedir a impureza.
Gen. 2:18, e 9:1; Mal.2:15; I Cor. 7:2,9.


Lembramos então da parábola do “Filho pródigo” que mostra bem esta verdade (Lc 15.11-32).
Quando olhamos para o texto, vemos um jovem que tem como meta, depois de vários anos trabalhando com o pai, sair de sua casa.
O seu maior sonho era ter uma vida igual à de seus amigos; independente, sem dar satisfação dos seus atos e atitudes a ninguém. Chegando onde queria acabou por fazer realizar seus sonhos – comprados – e conheceu os sabores do mundo que lhe trouxeram tantos problemas. Em seu pensamento “ninguém mandaria na sua vida”. Mas se deparou com “amigos” nada verdadeiros com quem aprendeu que vale no mundo aquilo que se tem no bolso; enquanto pôde pagar teve amigos, mas quando acabou o dinheiro, eles se transformaram em coveiros, estavam prontos para enterrar a amizade, e se desfizeram dele.
Ainda bem que o Pai é insondável nos seus amor e perdão, conforme Paulo declara em Rm 5.20b “mas onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
Nos dias de hoje isto não é diferente, quando o mundo nos oferece as suas “vantagens” eles têm seu preço: o afastamento do amor de Deus, pois quem se afasta somos nós. Graças a Deus, pois o Pai perdoa e Cristo restaura.
Concordando com desfecho desta parábola a CFW capítulo XVII § I, II, III explica:

I-Os que Deus aceitou em Seu Bem-amado, eficazmente chamados e santificados pelo Seu Espírito não podem cair do estado de graça, nem total, nem finalmente; mas, com toda a certeza hão de perseverar nesse estado até o fim, e estarão eternamente salvos.
Fp 1.6; Jo 10.28, 29; 1 Pe 1.5,9; Jr 32.40; 1 Jo 3.9.
II-Esta perseverança dos santos não depende do livre arbítrio deles, mas da imutabilidade do decreto da eleição, procedente do livre e imutável amor de Deus Pai, da eficácia do mérito e intercessão de Jesus Cristo, da permanência do Espírito e da semente de Deus neles e da natureza do pacto da graça; de todas estas coisas vêm a sua certeza e infalibilidade. ,
Tim. 2:19; Jer. 31:3; João 17:11, 24; Heb 7:25; Luc. 22:32; Rom. 8:33, 34, 38-39; João 14:16-17; I João 2:27 e 3:9; Jer. 32:40; II Tess. 3:3; I João 2:19; João 10:28.
III-Eles, porém, pelas tentações de Satanás e do mundo, pela força da corrupção neles restante e pela negligência dos meios de preservação, podem cair em graves pecados e por algum tempo continuar neles; incorrem assim no desagrado de Deus, entristecem o seu Santo Espírito e de algum modo vêm a ser privados das suas graças e confortos; têm os seus corações endurecidos e as suas consciências feridas; prejudicam e escandalizam os outros e atraem sobre si juízos temporais[18].
Sal. 51:14; Mat. 26:70-74; II Sam. 12:9, 13; Isa. 64:7, 9; II Sam. 11:27; Ef. 6:30; Sal. 51:8, 10, 12; Apoc. 2:4; Isa. 63:17; Mar. 6:52; Sal. 32:3-4; II Sam. 12:14; Sal. 89:31-32; I Cor. 11:32.

O homem atual segue os costumes da época dos Juízes, que nos diz: “Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor” (Jz 6.1a); “cada um fazia aquilo que lhe achava mais reto” (Jz 21.25b). Pagando por isso o preço da desobediência.




Ao observarmos todas estas situações, podemos chegar à conclusão que há um sofrimento coletivo que envolve a família. Quando observado todos os lados podemos ver que, embora a tecnologia tenha chegado e despertado e aguçado os mais íntimos sonhos e os estudos que levam aos mais desejados cargos e posições sociais, também acabam, por promover na vida familiar um grande sofrimento que é a solidão. Como escrito anteriormente, temos por muitas vezes uma casa cheia de pessoas que ao mesmo tempo está vazia. A razão trabalhada foi a internet e a TV e, logo após este dois desafios da pós-modernidade, também trabalhamos o ensino das escolas no intuito de mostrar o desenvolvimento e os desafios que estão a todo o momento sendo lançados sobre nós e também sobre nossos filhos quando procuramos os conhecimentos de estudos atuais em escolas comuns, pois os mesmos tentam de todas as maneiras tirar da família cristã o foco de Deus.
Assim podemos resumir que a família passa neste momento por uma solidão profunda que acaba por vezes levando seus integrantes a uma busca incessante de Deus para solução deste problema (ou busca álcool, drogas para fugir dos problemas e da angústia, ou vai cada um para o seu lado).
Como Deus não que o homem viva só, criou a família (Gn 2.18) e a igreja, que é a grande família em que os irmãos compartilham a graça do mesmo Pai.



A CFW explica esta dádiva divina no capítulo XXVI, § I e II:

I. Todos os santos que pelo seu Espírito e pela fé estão unidos a Jesus Cristo, seu Cabeça, têm com Ele comunhão nas suas graças, nos seus sofrimentos, na sua morte, na sua ressurreição e na sua glória, e, estando unidos uns aos outros no amor, participam dos mesmos dons e graças e estão obrigados ao cumprimento dos deveres públicos e particulares que contribuem para o seu mútuo proveito, tanto no homem interior como no exterior[19].
I João 1:3; Ef. 3:16-17; João 1:16; Fil. 3:10; Rom. 6:56, e8:17; Ef. 4:15-16; I Tess.5:11, 14; Gal. 6:10.
II. Os santos são, pela sua profissão, obrigados a manter uma santa sociedade e comunhão no culto de Deus e na observância de outros serviços espirituais que tendam à sua mútua edificação, bem como a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo as suas respectivas necessidades e meios; esta comunhão, conforme Deus oferecer ocasião, deve estender-se a todos aqueles que em qualquer lugar, invocam o nome do Senhor Jesus.
Heb.10:24-25; At.2:42,46; I João3:17; At. 11:29-30.




3.         AS DIRETRIZES BÍBLICAS PARA A FAMÍLIA NA PÓS-MODERNIDADE



3.1         A PALAVRA DE DEUS COMO DIRETRIZ PARA A FAMÍLIA CRISTÃ



O homem tem que ter como princípio de sua vida ser totalmente guiado por Deus e não se deixar levar pelas vontades deste mundo. Precisamos estar inseridos na vontade DELE para se ter uma vida de referência àqueles que estão ao nosso redor, pois foi para isso que fomos chamados. A doutrina bíblica exige de cada um de nós uma ética, e a ética não sobrevive sem a doutrina bíblica. Paulo diz: “Rogo-vos, pois, eu, prisioneiro no senhor, que andeis de modo digno da vocação que fostes chamados” (Ef 4.1).
Sendo assim, é necessário que se aplique à vida familiar os conceitos bíblicos em qualquer lugar onde quer que esteja, e não se deixar contaminar pelas ideologias da pós-modernidade. Andar de forma digna é andar em santidade, aplicando a Palavra de Deus a nossa vida e não deixando que o mundo venha encontrar acusação contra nós.
A vida de Jó retrata bem estes conceitos bíblicos em relação ao ataque contra a família cristã que vem de seu maior inimigo – o diabo – e este ataca o servo de Deus e todos que estão dentro de sua casa. “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como um leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8).
O Pr. Hernandes Dias Lopes, em seu livro “Restaurando a família” descreve este ataque como “Torpedos de Satanás contra a família”[20] e o chama de estrategista, que não para e nem dorme e está o tempo todo vigiando a terra e principalmente aqueles que servem a Deus. Uma família que serve a Deus realmente incomoda o inferno. No exemplo de Jó ele ataca e tenta de todas as formas exterminá-lo junto com todos que estavam dentro de sua casa. Para isto Satanás atacou Jó em várias áreas de sua vida. Na área financeira, Jó era o mais rico de todo o Oriente (Jó 1.3) e de uma hora para outra perdeu tudo o que tinha, a começar pelo seu rebanho e seus servos (Jó 1.13-17).
As implicações aqui nos alertam para o dia de hoje para com a forma como Satanás tem tentado destruir as famílias, retirando tudo o que elas têm. Com a família de Jó vieram os salteadores e mataram seus servos e o fogo queimou seu rebanho. No momento atual, não acontece desta forma – se bem que poderia até acontecer- mas não é assim. Hoje a destruição é virtual: através dos gastos excessivos incentivados pela mídia muitos têm se afundado em dívidas, perdendo todos os seus bens. Este mal vem sorrateiramente, impulsionando a grandes compras sem se ter um limite. O cartão compra o que não se precisa, com o dinheiro que não se tem, algo que não se usa. Pessoas têm se afundado em dívidas e afundado suas famílias, incentivados pelas belezas virtuais (1Jo 2.15-16).
O segundo ataque de Satanás vem sobre os filhos, no caso de Jó havia harmonia entre eles, viviam juntos, se reuniam (Jó 1.4) e havia também um zelo do pai por seus filhos. Jó orava constantemente por eles (Jó 1.5), havia uma preocupação constante por parte dele pela vida espiritual de seus filhos. Um homem com tantas riquezas com certeza também tinha muitos trabalhos e seu tempo deveria ser curto, mas não tão curto ao ponto de não poder cuidar de seus filhos. Infelizmente o que vemos hoje são pais que deixam seus filhos a toda sorte de investidas do mundo, alegando não ter tempo para dar um suporte espiritual a eles, pois sua preocupação está em formar grandes riquezas na terra e perdem seus filhos para o mundo (Mc 8.36).
O que podemos ver hoje são pais que choram pelos seus filhos que foram arrastados para o mundo, porque não tiveram nenhuma base cristã para se apoiarem. Na hora da sua maior necessidade não havia ninguém para apoiá-los; ajudá-los, e foram buscar apoio nas amizades virtuais e acabaram no meio das drogas. Muitos pais se envolveram tanto com as facilidades virtuais da pós-modernidade que passam horas negociando e buscando riquezas em seus escritórios e seus filhos buscam apoio virtual dentro de casa, enfim, tudo é virtual mas quando se enterra um filho, isto é real ! Para que isto não venha a acontecer, precisamos gastar tempo com nossos filhos, os negócios não podem ocupar o tempo que já é de direito deles. E juntos pais e filhos, terem tempo com Deus.
Quando éramos crianças tivemos instruções de nossos pais e agora chegou a nossa vez de transmiti-las a aos nossos filhos com sabedoria. Não agiindo assim, estaremos sendo contra ao que nos ordena a Palavra de Deus.

Ouvi, filhos, a instrução do pai e estai atentos para conhecerdes o entendimento; porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino. Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe, então, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive; adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas te apartes. Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá (Pv 4.1-6).

Diz o Pr. Hernandes Dias Lopes:

Quantos lares choram hoje por causa dos filhos! Satanás tem atentado contra os filhos com fúria pertinaz. Muitos pais estão com o coração empapuçado de dor por ver seus filhos feridos pelos golpes de satanás. Muitos pais choram de luto pelos seus filhos que foram arrancados de seus braços pelas mãos álgidas da morte[21].

Em meio a tantos ataques do inimigo sobre a família e a todo tempo, muitas são as que têm se abatido e muitas vezes se destruído. Mas fica também o exemplo de Jó, que mesmo tendo passado por tantas investidas, não deixou de amá-lo, e acaba por dizer que “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jo 42.5). E este que acreditou e confiou em Deus mesmo em meio às aflições e tribulações não deixou de ser fiel, mantendo-se firme contra todas as investidas de Satanás, podendo ver as vitórias do Senhor na sua vida e glorificá-lo quando Este restaurou sua vida e sua família, dando-lhe até mesmo tudo em dobro.
 A caminhada da família cristã neste mundo não tem sido fácil, a Palavra de Deus nos diz: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 2.23).
A cada dia precisamos negar as nossas vontades, o mundo tem lutado ferozmente contra a família, e a Palavra de Deus é a única arma que temos para combater este mal. Com ela aprendemos a ter discernimento para administrar toda a nossa casa e filhos, e também dar valor para nosso emprego na medida certa, sem que um não venha a prejudicar o outro, e assim todos serão felizes dentro de seu lar:

Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.  Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem. Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão (Sl 127.1).



Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus  caminhos!  Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel! (Sl 128.1-6).

Renunciar a si mesmo e deixar de lado os nossos desejos carnais de vitória neste mundo com certeza não nos adiantaria de nada, pois ter todas as coisas que o mundo oferece e perdermos os nossos filhos ou esposa(o) será sem dúvidas o maior fracasso de um homem. Deus tem se preocupado com aquele que ama, o problema é que muitos têm virado as costas para este compromisso, acreditando que sua realização pessoal é melhor que ajudar a realizar os sonhos do outro. Vivem tanto a glória deste mundo que estão se esquecendo de dar glórias àquele que merece realmente toda honra, glória e louvor: O Deus todo poderoso (Rm 16.27).    
Os pais deveriam meditar na advertência de Jesus “Porque amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (Jo 12.43).
Ao vivermos em um mundo secularizado não podemos agir de forma diferente daquela que aprendemos com Cristo, pois é Ele o nosso padrão, e não a mídia. Os professores e os amigos, e mesmo o crente maduro na fé, têm que cuidar na sua forma de falar, agir, e também dos seus atos, atitudes e gestos, pois elas expressam o seu caráter, que deve ser o mesmo caráter de Cristo, e assim não cair nas armadilhas do diabo, que quer nos afastar da santificação.
Paulo, escrevendo para Timóteo, dá a ele este conselho: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina”. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como a teus ouvintes” (1Tm 4.16).
Andar nos caminhos e nos conceitos de Deus nos levará cada vez mais na direção de salvação e também levará aqueles que estão nos ouvindo, porque se vacilarmos com certeza cairemos e levaremos muitos conosco. O apóstolo Paulo trabalha outros textos nesta carta a Timóteo que nos levam a ter cuidados especiais para não sermos contaminados pelo mundo. Paulo dá orientações a Timóteo para ser um cristão de caráter genuíno, que nos serve de alerta: Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1Tm 2:1).
As orações e súplicas devem fazer parte do dia a dia do cristão.

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (1Tm 4.12).

Precisamos ser padrão desde a mocidade, como padrão de piedade.

Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão (1Tm 6.11).

Como cristãos não podemos nos envolver com falsas doutrinas e com os perigos das riquezas, mas buscar em pri erio lugar o Reino de Deus, conforme ordem de Jesus em (Mt 6.33).
Enfim, o que deve chamar a atenção nestes versículos são os cuidados que Paulo tem para com Timóteo, para que ele se conserve puro diante de todas as circunstâncias que lhe aparecerem e poderiam abalá-lo. Nós não somos diferentes de Timóteo, com certeza passaremos durante a nossa vida por muitas situações que nos levarão a ser provados como verdadeiros cristãos. E nas famílias os pais são os “Paulos” e os filhos são os “Timóteos”.
O mundo não pode ditar as regras para os crentes. Antes a sua postura deve fazer a diferença: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.15-16)
O mal existe, e tenta nos derrotar a todo o momento. O diabo é o grande inimigo da igreja, e tem tentado destruí-la, mas ele nada pode fazer contra a igreja de Cristo e por esta razão ataca de todas as formas a família, que é a base da igreja, e se conseguir enfraquecê-la consegue fazer o mesmo com a igreja. Para tanto, nós, crentes, precisamos ficar alertas a estes ataques. A família é alvo do diabo, porque é projeto de Deus. E é um projeto santo, um santuário em que todos se auxiliam no aperfeiçoamenteo da santidade.
Por esta razão toda a família, quando passa por um grande problema, tem que ter em mente o grande propósito de Deus que é fazer dela a sua igreja neste mundo. Cabe então a cada membro da família, buscar o conhecimento da vontade de Deus e não se deixar abater com os ataques destrutivos do inferno (como foi abordado no capítulo um). Um dos grandes desafios da família na pós-modernidade tem sido a projeção da mídia, pois todos, independentemente da idade, são submetidos a um bombardeio de informações que têm como objetivo destruir a sua fé e levar a pensar e agir como seres depravados, com mentes depravadas e uma vida depravada que só o distancia de Cristo[22]. Para resistir precisamos ser conscientes deste ataque e responder-lhe seguindo as instruções bíblicas que norteiam nossa vida. O próprio Jesus nos dá este exemplo, quando venceu a tentação usando a Palavra que nos  fortalece e nos prepara para a grande batalha para a salvação da nossa família. Precisamos amar a Deus e amar aqueles que estão ao nosso redor com um amor que se iguala ao amor que temos por nós mesmos. O próprio Jesus também nos ensina como agir, para não sermos derrotados pelas investidas do mundo quando diz:

Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma de todo o teu entendimento. Esse é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22:36-39).

A isto o Pr. João Arantes Costa acrescenta:

Em todos os momentos de nossas vidas precisamos tomar decisões com implicações pessoais, sociais e teístas. Temos que avaliar quais são os efeitos. Temos que avaliar quais os efeitos das nossas ações sobre nós mesmos, sobre os outros e, acima de tudo, sobre o nosso Deus[23].

Esta é uma das maneiras que o próprio Jesus nos deixou como arma de guerra contra os ataques às famílias: a Palavra de Deus (Mt 4.1-10).Ele une o AT e o NT para mostrar que a nossa defesa contra as insinuações do diabo na mídia é unicamente a Palavra de Deus.
Jesus se defende de Satanás usando cinco vezes citações do AT; repetindo: “está escrito”. O amor a Deus implica em andar segundo os Seus mandamentos, também buscando o Seu reino ao invés de respeitar as regras deste mundo. Enquanto o mundo nos manda cuidar das nossas vidas e esquecer-se dos outros, a Palavra de Deus nos orienta de outra forma:

Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou (Jo 14.23-24).

Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço (Jo 15.10).

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6:36)


Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros (Fp 2:3-4).

Os pais deveriam levar mais a sério a advertência de Deus em Dt 8.3, repetida por Jesus em Mt 4.4 “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Não preparar seus filhos apenas para o vestibular ou para os bons salários, mas principalmente para a santidade de vida.
Jamais conseguiremos alegrar o coração de Deus se não amarmos verdadeiramente o próximo. Se observarmos o mandamento em Mt 22:36-39, veremos que o comparativo final deste amor, é o amor que temos por nós mesmos. E como podemos nos amar e amar ao próximo como nos manda o Senhor, se muitas vezes não seguimos os Seus mandamentos e, ao invés de cuidarmos de nós mesmos como o Apóstolo Paulo ordena a Timóteo (1Tm 4:16), com a Palavra de Deus, acabamos por colocar ou enxertar nossas vidas diante da mídia, Internet ou TV? O conhecimento e a sabedoria de Deus que ocuparia nossa mente,são automaticamente substituídos por ideias de egoísmo, destruindo-nos e destruindo aqueles que estão ao nosso redor. A razão dessa destruição não vem por que esta tecnologia nos força a aceitar em nossa casa a prostituição, o partidarismo, o isolamento da família. A destruição vem porque, mesmo conhecendo as verdades de Deus para nossa vida, deixamo-nos ser contaminados por ela, somos nós que detemos o “poder” do controle remoto da televisão ou do teclado do computador. Pois se nos deixarmos contaminar pelos valores da mídia, dificilmente ou de forma nenhuma seremos cheios do Espírito Santo e das verdades de Deus. A carta aos gálatas, no capítulo 5, vs. 16 e 17, nos esclarece que ser um cristão é enfrentar batalhas diárias –ou – coisas do mundo diabólico –ou – ser guiado pelo Espírito de Deus.
O amor de Deus tem que estar cravado em nosso coração e em nossa mente, assim, com certeza, quando a nossa família for atacada pelo mundo e pela pós-modernidade, estará forte. Infelizmente a lei do amor de 1Co 13:4-8 também não está sendo aplicada porque preferimos amar somente aquilo que nos dá um retorno imediato e não nos dá nenhum tipo de problema. Desta forma podemos afirmar que o nosso amor para com o próximo depende completamente do nosso relacionamento e amor que temos por Cristo e desta relação dependem todas as relações. Precisamos ser fiéis com Deus, despojando-nos das coisas do mundo e enchendo-nos das coisas de Deus e então seremos verdadeiros para com nosso próximo.


No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros (Ef 4:22-25).


3.2         O BOM USO DA TECNOLOGIA NA PÓS-MODERNIDADE A FAVOR DA FAMÍLIA CRISTÃ E DE SEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL.


Pensando em presente e futuro não podemos deixar de dizer que a nova geração nasceu e está crescendo debaixo datecnologia atual, e envolvida neste universo desde sua menor idade, com toda a sorte de pensamentos que se perdem em meio à mídia, teclados de computadores, pensamentos e ensinamentos atuais filosóficos, materialistas, existencialistas, secularistas, relativistas e da aceitação do amor livre e do esbanjar da sexualidade.
Mas como então sobreviver em meio a tanta depravação e tentativas de destruição das famílias cristãs no mundo pós-moderno? Será que precisamos nos esconder dentro de cavernas e deixar de viver em meio a tudo isto para podermos ser crentes fiéis a Deus? Acredito que não, (pois este mundo não está de todo perdido), se estamos inseridos nele, e ele faz parte do nosso dia a dia, então precisamos saber usá-lo para o nosso bem Jesus roga ao Pai por seus discípulos sabendo que eles estariam em um mundo perverso e cheio de maldades, mas não poderia retirá-los dele, pois teriam que passar por tudo o que passariam, para serem aprovados como seus discípulos: “Não peço que os tire do mundo, e sim que os guarde do mal” (Jo 17.15).
E é dessa forma que Ele também nos trata.
Assim, se perguntarem, “então é pecado usar a Internet?”, o apóstolo Paulo nos dá à resposta a essa pergunta, quando afirma: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co 6:12).
Concluímos, então, que O USO DA INTERNET NÃO É PECADO! O que não podemos deixar é que ela nos domine.
Toda tecnologia, como já falamos, tem seu lado bom e ruim. Nós já tratamos os pontos ruins que destroem homens, mulheres, crianças, jovens e o conjunto família,e o que precisamos, é dar o bom testemunho e com ele fazer toda a diferença naquilo que fazemos ou falamos, pois a glória de Deus é que tem que ser vista em nós, através do nosso santo viver.
O Apóstolo Paulo também afirma: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31).
Se analisarmos a nossa família, por mais que não esperássemos, a tecnologia bateu em nossa porta e levou para si nossos filhos, e também os ensinos das escolas ocuparam boa parte de suas mentes e sonhos, levando-os a querer se projetar em um mercado de trabalho promissor. Igualmente os pais, que fazem de tudo para que seus filhos realizem seus sonhos profissionais.
Conforme Rodrigo Cardoso[24], esta nova geração está sendo feita por pessoas otimistas, que acreditam que podem fazer toda a diferença, e isto os faz extremamente confiantes. Esta nova geração, dos anos 1980 a 2000, nasceu em meio às maiores revoluções tecnológicas dos últimos tempos, chamada internet, bem diferente da época passada, em que se lutava contra a ditadura e a liberdade de expressão. Embora reconhecendo que muitos estão contaminados pelo progresso desenfreado da corrupção tecnológica da pós-modernidade uma grande maioria traz consigo o desejo de fazer toda a diferença na atualidade e estreitam os caminhos (antes tão burocráticos e longínquos) usando esta tecnologia, que agora podemos chamar de benéfica ao homem e sua família, pois caiu nas mãos daqueles que buscam o conhecimento e não os prazeres deste mundo, transformando a mídia, TV e computadores em instrumentos de trabalho, divulgação e crescimento profissional.
O escritor comenta a respeito de pessoas sérias que levam a vida de forma digna logo cedo, com idades de 22 a 30 anos, que já tem um projeto e um objetivo para sua vida, (não estou aqui usando exemplo de pessoas cristãs, pois a fonte não dá esta informação).
Ao falar de novos empresários, Rodrigo cita para nosso conhecimento, pessoas como a estudante de moda Jordana França, uma empreendedora de vinte e dois anos que descartou a possibilidade de ter um patrão e colocou as mãos em obra e com a ajuda da internet hoje ganha seu sustento postando artigos de sua loja “Move Fitwear”.
Jordana diz: “Os planos para o futuro já estão delineados: ‘Em seis meses, quero abrir outra unidade, lançar minha coleção de peças e vendê-las na internet’”.
Por mais que as redes sociais possam ser um instrumento muitas vezes de destruição, não podemos negar que se for usada com discernimento e com tempo delimitado de trabalho, elas podem produzir grandes oportunidades para toda esta geração.
Também o pernambucano Lucas Tiné[25], vinte e um anos, que se tornou ativista ambiental depois de alguns debates via “internet”, levando várias pessoas para a rua para retirarem os lixos jogados pelos cantos que poluíam tanto o ambiente.
Diz Lucas: “Com o uso da internet meu trabalho de formiguinha pode se transformar em um trabalho de formigueiro, muito rápido”.
Embora não se fale que estes trabalhadores sejam cristãos, são pessoas que demonstram que a sabedoria do uso da internet faz com que muitos alcancem seus sonhos. Também são muitos os cristãos que podemos citar que usam a internet com toda a sabedoria que Deus lhes dá. Olhamos para as grandes livrarias evangélicas como a Editora Cristã Evangélica, Editora Movimento Gospel, Cristianismo Hoje e muitas outras que se utilizam da internet para divulgar o Evangelho de Cristo por todo mundo, e ao mesmo tempo é usada para dar sustento a tantos trabalhadores Cristãos. Também temos pastores que se utilizam da rede social para divulgar a Palavra de Deus para a edificação de tantos cristãos, Rev. Augustus Nicodemus (Reverendo da IPB), Pr. João Arantes Costa (Pastor da ICE de S. J. dos Campos), Rev. Hernandes Dias Lopes (Reverendo da IPB), Pr. Paulo Henrique Tavares e Walace Silva Juliare (Pastores da Igreja TBB de S. J. dos Campos), são homens do mundo atual e pós-moderno que decidiram ensinar através de seus trabalhos cristãos virtuais, lembrando que o maior salário destes pastores é a satisfação de pregar a Palavra.
Conforme o presbítero Samuel Mendes[26], ao olharmos também para a televisão, podemos ver que ela não tem poder de retirar dos lares cristãos os conceitos da Palavra de Deus, quando aqueles que buscam programações, consigam impor limites para isto. Uma vez que temos o controle, podemos determinar e peneirar tudo aquilo que entra em nossa casa. A família precisa recomendar e orientar crianças, adolescentes e jovens a não ficarem hipnotizados com as programações, para não prejudicarem suas atividades diárias e prioritárias. E principalmente a sua atenção deve estar sempre na Palavra de Deus, para mantê-los fortes para a luta contra o mundo e os desejos da carne.
Em vista de termos tal tecnologia a nosso alcance, se somos separados por Deus para servi-lo, deveríamos usar a internet, o facebook, etc., a favor da santidade da família, dos irmãos e amigos, mandando diariamente mensagens bíblicas de incentivo à santidade de vida.






3.3         AS DIRETRIZES DO ESTUDO CRISTÃO FAZENDO A DIFERENÇA NA PÓS- MODERNIDADE, EM BUSCA DA SANTIDADE.



3.3.1    Entendendo os campos da educação cristã



O estudo cristão faz toda a diferença na família cristã em qualquer época de sua vida, mas a pós-modernidade traz com ela conceitos que nos fazem pensar muito mais na aplicação do estudo cristão como uma arma de defesa contra todo o despejar de informações oferecidas nas escolas. São incríveis como as informações têm dispensado astutamente a presença de Deus na vida dos alunos, substituindo-as por pensamentos egoístas. Nós vemos muitos pais reclamando destes ensinamentos e criticando a forma de ensino adotado. Mas se perguntarmos a estas pessoas, “o que é educação cristã?” teríamos sem dúvidas respostas das mais variadas, e nos surpreenderíamos ao ver que a maioria não tem a resposta correta.
Segundo Solano Portela[27], nós não temos definido o que realmente é a educação cristã, estamos muito mal informados a respeito do seu verdadeiro significado, as idéias erradas nos confundem. Para tal Solano Portela nos dá uma explicação daquilo que entende por definir os gêneros da educação em geral, que são eles: Educação Secular, Educação Religiosa e Educação Cristã.
O estudo desenvolvido por ele nos mostra as diferenças que existem entre os ensinos que por muitas vezes carregam consigo a cumplicidade de muitos cristãos que não sabendo distinguir entre eles por vezes acabam participando acreditando que faz parte do seu currículo e não pode deixar de aprender. Na realidade esta modernidade tem afetado as famílias cristãs que muitas vezes não conseguem fazer a diferença que deveriam fazer dentro da sociedade em geral. Afinal, somos santos e temos que dar testemunho.
 O estudo secularizado trata de todas as coisas e assuntos sem a presença de Deus, sem base bíblica nenhuma, o que coloca a todos com uma visão totalmente horizontal, aquela que tem como meta somente visualizar a si mesmo e seus objetivos sem a ação divina “o homem sendo o seu próprio idealizador” ele pensa, ele planeja, ele faz, ele é o responsável direto pelos seus atos.
Ao tratar o segundo ponto, que é a Educação Religiosa, Portela a define por apresentar instruções específicas a respeito das doutrinas bíblicas que levam ao conhecimento da salvação, e de suas responsabilidades com o Criador e se aplica somente ao ambiente da igreja. Os que ministram este ensino são alimentados por Congressos de Educação Cristã, Mestrados de Educação Cristã e se dedicam a esclarecimentos a toda a igreja nas aulas de escola dominical e congressos.
O termo Educação cristã é substituído por Educação Escolar Cristã e implica na decisão de se fazer a diferença utilizando os conhecimentos de Deus no processo educacional, em escolas cristãs.
Diz Portela:

O objetivo da educação Escolar Cristã deve ser o de proporcionar à pessoa que está sendo educada, não apenas a obtenção dos conhecimentos variados uns dos outros e da sua própria constituição física e moral, mas sim de conceder o entendimento de uma visão integrada e coerente de vida, relacionada com o criador e com seus propósitos[28].

Desta forma podemos entender que tudo o que aprendemos tem que ser utilizado para mostrar a grandeza de Deus naquilo que fazemos. Não ter uma visão individual e sim unificada sobre Deus, e isto tem um reflexo importantíssimo em nosso comportamento como cidadãos:

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3.16-17).

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que receberá do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo;pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas (Cl 3.23-25).

Mostra o homem não como perfeito, mas ainda como pecador e necessitado de correções, pois está nele a inclinação para o mal, desta forma precisa ser corrigido para se achegar a Cristo entendendo ser este o único mediador (1Tm 2:5) entre o homem e Deus (cf. Rm 3:23; 3:10-18 e Ec 7:20), o que mostra que o homem que não glorifica a Deus com o conhecimento e atitudes está submerso no erro e isto gera nele a indisciplina, a irresponsabilidade e a imoralidade que vemos nas salas de aula nos dias de hoje. Se não aplicamos princípios bíblicos aos nossos filhos em todas as idades, com certeza estaremos enviando e recebendo filhos de volta da escola cada vez mais problemáticos, que por sua vez estarão se envolvendo com pessoas de informações mundanas, sem nenhum conhecimento e vivência cristã, dispostos a investir sobre aqueles que estão vazios da presença de Deus. A família atual perdeu de vista a santidade de Deus e a excência de cultivar a santificação.
Ao observarmos as escolas neste momento vemos que nem todos estão debaixo do conhecimento de Deus, nós não conseguimos limitar as amizades de nossos filhos. Quando eles saem de casa, estão entregues a toda sorte de amizades. Daí a necessidade de conscientização de que é melhor obedecer a Deus.
Na realidade o homem deve ter em mente que a sua vida foi dada simplesmente para glorificar a Deus em seu todo, e onde quer que esteja o brilho de Deus tem que estar em seu rosto fazendo toda a diferença e não vivendo como o ensino aplicado da secularização do mundo pós-moderno, que tem a visualização somente na sua própria felicidade.
Os pais crentes não compreendem como colocar em prática na família a ordem de Jesus:

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus (Mt 5:14-16).


Assim, as trevas prevalecem no lar, tanto no sentido físico (é melhor para a nitidez das telas...) quanto no sentido moral. Infelizmente o comportamento dos pais não reflete a luz da santidade de Deus, e os filhos desconhecem o brilho de uma vida santificada.


3.3.2    A responsabilidade dos pais em ensinar e educar


A cobrança da educação cristã recai sobre muitas pessoas, mas sabemos que Deus dá este compromisso principalmente aos pais. São inúmeros os versículos que confirmam esta ordem:

Estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em sua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e levantar-te (Dt 6:6-7).

Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele (Pv 22.6).

E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do senhor (Ef 5:4).

Como pai, todos devem olhar para estes versículos com muito temor, pois os filhos são um presente de Deus; o salmista nos diz que eles são herança do Senhor, são como galardão (Sl127:3). E este galardão dado ao casal, insereo compromisso de ensiná-lo a conhecer, amar e respeitar a Deus através da Sua Palavra.
A família é seu primeiro amparo, os filhos têm que em primeiro lugar aprender a confiar no pai, para depois aprender a confiar em Deus. A confiança no pai os faz acreditar em tudo que ele diz e confiar naquilo que ensina. Sendo assim, o ensino vem primeiro de olhar o comportamento do pai em todas as situações, os pais têm que ser reflexo de Deus em todas as circunstâncias. Broger afirma: “Pais, durante o tempo em que estiverem guiando seus filhos no caminho do Senhor, sejam diligentes em examinar o próprio andar com Jesus Cristo”[29].
O caminho natural do homem é totalmente inadequado para se criar e educar um filho. Os pais têm primeiro que conhecer o Deus que irão ensinar a seus filhos, e só assim poderão criá-los de modo que também agradem a Deus. Os pais devem conhecer a Palavra, ler a Bíblia, ir à Igreja, ensiná-los a dar os primeiros passos da fé, e isto fará toda a diferença em seus comportamentos quando estiverem nas salas de aula de uma escola comum. As crianças com ensinamentos bíblicos fazem toda a diferença e exaltam o nome do Senhor no ambiente onde estão independentemente das amizades que têm, pois não estão sujeitos à contaminação do mundo, porque saem de suas casas, com o coração cheio dos ensinamentos e dos exemplos bíblicos vividos pelos pais. (Dt6). Foram “vacinadas” contra o mal pela vida santa de seus pais.
Solano Portela[30] pontua que o não cumprimento deste dever é uma negligência à autoridade de Deus, e o amparo da família é primordial para a formação do seu caráter. A tarefa de educar mostra a autoridade do pai, que acrescenta ao viver dos filhos obrigações e privilégios, respeito pelos mais velhos, aos seus superiores e inferiores, tudo com muita sabedoria.
Aplicar os conceitos de Deus a nossos filhos em qualquer idade, sempre estará gerando frutos dignos que glorificam a Deus. Se juntos buscarmos a santificação, a paz e a alegria que só Deus dá reinarão em nossa família (Jo 14.27; Fp 4.4).



Embora a responsabilidade de ensinar esteja com os pais, isto não significa que estes darão todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento de seus filhos nas áreas profissionais.
 Os pais têm como responsabilidade “ensinar o caminho em que o filho deve andar”, (cf. Pv 22:6), mostrando-lhe e ensinando-lhe as condições corretas para ser um cidadão com princípios cristãos. Mas a vida na pós-modernidade exige que nossos filhos tenham conhecimento de todas as ciências e este envolvimento vem a somar para o crescimento profissional e o bom desempenho de sua vida em meio à sociedade atual. Nossos filhos podem ser grandes engenheiros, médicos, advogados e líderes em todas as áreas, sem deixar os conceitos bíblicos aprendidos com os pais. Se os filhos não obtiveram um bom conhecimento da Palavra de Deus de seus pais e neles não for inculcado, certamente aos poucos estarão parando de pensar e praticar e acabarão sendo contaminados lentamente com as formas de falar e agir que o mundo.


Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.1-2)

O período escolar ataca tanto crianças quanto adolescentes e jovens. Estes, se não tiveram uma boa educação, provavelmente irão se tornar mais rebeldes, buscarão amizades que vão levá-los quem sabe às drogas, prostituição, preguiça para trabalhar... Então essa será a fase mais difícil para os pais controlarem seus filhos. Só a Palavra de Deus pode conscientizar os jovens sobre a necessidade de obediência.

Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. (Gl 6. 6-7)

Mesmo com toda esta preocupação, nós não podemos deixar de levar nossos filhos à escola, que com certeza tem que cumprir o seu papel na vida de nossos filhos, que é de lhes passar conhecimento.
Em contrapartida a toda estas situações, precisamos ter também a consciência que a escola não irá assumir todo o papel a partir deste momento na vida de nossos filhos, mas os pais cristãos têm o compromisso de acompanhar todo o trabalho que está sendo executado na vida deles, dia a dia.
Os alunos conscientes de seus deveres cristãos fazem toda a diferença em meio ao ambiente escolar ou secular. 
O filho consciente do temor de Deus[31] em primeiro lugar honra seu pai entre os amigos e professores, o seu comportamento é exemplar e reflete o seu relacionamento vertical, demonstrando sua intimidade com Deus, e o seu amor horizontal entre o homem e seu próximo na sociedade (cf. Êx 20:1-18). O relacionamento dos filhos com Deus e com seu semelhante demonstra um relacionamento saudável entre ele e o seu pai, que lhe ensinou de forma correta o que é santo.
A Palavra de Deus nos diz: “Filhos obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 6:1-3).
E ao olharmos para este versículo vemos que o cumprimento desta Palavra traz vida para o filho, que uma vez andando nos caminhos do Senhor, não deseja andar em más companhias e não tem o coração voltado para cometer nenhum tipo de atrocidade que o leve à morte, e com isso tem uma vida longa e abençoada.
Quantos são os jovens que saem da escola e buscam as “baladas”, os barzinhos, os pontos de droga, as áreas de prostituição, levando à destruição tanto de suas vidas quanto às de seus pais, que frustrados acabam por estarem mortos ainda em vida.
Os filhos cristãos devem ter bom testemunho em meio a toda esta desorganização moderna. Com certeza as amizades tentarão influenciar e mudar sua forma de pensar, e assim, chegou a hora de fazer mais toda a diferença.
Mesmo estando contra a cultura já implantada no seio da escola, e isto podendo trazer insegurança e medo, a presença de Deus e o conhecimento cristão adquirido deve ser mais forte que o pecado implantado. Afinal, a luz é mais poderosa que as trevas.
A vida de Daniel é um exemplo muito grande de alguém que luta contra a cultura e mostra a presença de Deus através de seus atos e atitudes. O Jovem Daniel, prisioneiro em uma terra distante escolhe fazer a diferença ao invés de participar de tudo o que iria contrariar a Deus: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (Dn 1:8).
O exemplo do jovem Daniel deve ser copiado por muitos jovens cristãos nos tempos de hoje dentro das escolas. A sua formação em casa tem por base a Bíblia para ajudá-lo combater o mal que vem sobre si e ajudá-lo a se distanciar das situações perigosas quando saem da escola.
Não importa em qual ambiente escolar nossos filhos estão vivendo, precisamos de todas as formas, ensiná-los a ter uma vida que esteja a todo o momento refletindo Deus afinal são separados do mundodiferentes, embora vivendo nele. Os pais devem orar como Jesus em sua despedida (Jo 17.15) “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”.
Como alunos, todos os cristãos devem saber que serão combatidos, muitos estarão excluindo-o da roda de amigos, mas devem lembrar que o verdadeiro amigo é aquele que faz de tudo para que sejam bem sucedidos e os aceitam da forma que são. Cabe aos pais apresentar-lhes a forma correta de se protegerem destas investidas diárias do inferno e a Palavra de Deus nos traz armas valiosas a este respeito, como podemos citar o apóstolo Paulo, que escreve à igreja de Éfeso sobre a “armadura de Deus”:



Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos (Ef 6.10-18).


Gomes diz:

Andar contra os padrões deste mundo requer maturidade cristã e certeza de que Deus está sempre junto de nós, fortalecendo-nos e ajudando-nos a evitar o que aconteceu a Demas. Diz a Bíblia: “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou...” (2Tm 4:10) [32].

A frase “A educação vem do berço” é muito bonita, mas de nada serviria, se não fosse aplicada dentro da escola, através dos nossos filhos, para transformar vidas.
Quando mandamos nossos filhos para a escola, não podemos mandá-los de mãos vazias e mentes vazias, antes devemos mandá-los cheios da Palavra de Deus. É extraordinário e exemplo de Moisés: sua mãe só teve os primeiros anos para ensinar-lhe as verdades eternas de Deus; ele viveu no palácio egípcio, recebendo toda a melhor educação da época (imoral e idólatra), mas manteve-se firme no que aprendeu na primeira infância (Hb 11.23-27).
Sua vida foi e é um exemplo para todos nós que tanto vivemos quanto aprendemos e ensinamos a Palavra de Deus para nossos filhos. Como pai não esperamos, que eles se distanciem dela, pois não é para isto que nos esforçamos e dedicamos no ensino de nossos filhos (Pv 22.6).
A família está nos planos de Deus desde o Éden quando uniu Adão e Eva  (Gn 2.24), e então começou este projeto e lhes deu filhos. Vejo nossas vidas como a mesma de Adão e Eva, Deus nos prepara uma companheira (Gn 2.18), e nos da uma família para que cuidemos dela. O tempo pode passar, as modernidades chegaram e a pós-modernidade também veio mudando costumes e culturas, mas a Palavra de Deus jamais mudou, ela continua a mesma (Mc 13.31), e cabe a cada um de nó nos empenhar para que ela continue viva e seja sempre o centro da nossa família – a luz que guia nossos passos para uma santificação diária e progressiva.




Ao concluir este trabalho, acredito ter conseguido atingir as expectativas pelo qual ele começou. Após ter levantado alguns problemas da pós-modernidade, que acredito serem relevantes para o conhecimento da família cristã, que é o ataque do inimigo sobre a família através da tecnologia. Consegui verificar que por muitas vezes ficamos expostos a toda a sorte de ataques, e em muitas delas estamos despreparados para enfrentá-los. Acreditamos por vezes, que por sermos crentes temos força para lutar contra tudo que vemos se levantar contra nós. E foi aí que encontrei o grande erro, pois o maior problema acaba por ser aquele que não conseguimos enxergar, e está corroendo toda a estrutura de nossa família. São as rachaduras que ao invés de serem tratadas como se deve, acabam por receber uma pintura que somente apaga as trincas, mas não traz solução, apenas mascara o problema que acaba por aparecer novamente trazendo danos ainda maiores. A mídia tem feito esta função na vida de muitos lares cristãos. Despercebidos da questão do envolvimento compulsivo e pais e filhos, todos têm se recolhido em algum lugar da casa para desfrutar de momentos de alegria ou de tristezas de uma forma solitária.
Os ensinos pelos quais todos são envolvidos na escola secular, com a visão pós-moderna, têm feito também a sua parte na destruição de muitos lares, pois aprendem a todo o momento que o “eu” é mais forte que o “nós”, formando assim uma família egoísta e sem princípios cristãos.
Embora estejamos debaixo de todo este ataque, não pude deixar de ver que se tivermos sabedoria a mídia tem seu lado bom, que traz instruções e conhecimentos necessários para o crescimento profissional do crente e faz dele alguém útil à sociedade. Sem dúvidas Palavra de Deus tem a solução para todos estes problemas, quando ensinamos aos nossos filhos o caminho pelo qual deve andar, também aprendemos a nossa obrigação como pais, em deixarmos as nossas vontades e desejos diários, para nos aplicarmos àqueles que Deus nos deu por responsabilidade.
A nossa família é o projeto maravilhoso de Deus, e cabe a nós com sabedoria e conhecimento da Palavra, mantê-la forte para resistir ao ataque de Satanás. E só com a santificação progressiva dos pais os filhos aprenderão a viver a santidade exigida por Deus.



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Vários colaboradores. Tempo de Porcaria. Revista Veja, São Paulo, ed. 1.410, ano PP.28, 20.Set.1995.






Fig. 1 – Reportagem sobre a má qualidade das mídias de comunicação


A revista Veja datada de 20 de Setembro de 1995 nos mostra bem como estáa situação das famílias em relação ao que esta entrando em seu lar através da mídia, ela trata especialmente o que chama de culto ao lixo.




A revista Veja datada de 25 de Janeiro de 2006 mostra a invasão à intimidade da família pela Internet, que mesmo sem sair de casa, acaba por levar muitas famílias à destruição através da sexualidade da rede social.




O domínio da TV sobre as crianças acaba por tomar lugar até mesmo dos amigos. As ruas e praças estão vazias, e as casas acumulam crianças e jovens “virtuais”.




[1] As citações bíblicas utilizadas são da Almeida Revista e Atualizada, a menos que seja indicado de forma contrária no próprio texto ou após a citação do endereço bíblico.
[2] (IBADEP – Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Estado do Paraná., 2006, p. 22).
[3](PANÍCIO, 2008).p. 58.
[4](LEWIS, 2013). p.6.
[5] HODGE, A. A. Confissão de Fé e Westminster, Ed. OS PURITANOS, SP, 2ª edição, 1999, pg. 265.
[6] HODGE, A. A. Confissão de Fé e Westminster, Ed. OS PURITANOS, SP, 2ª edição, 1999, pg.
[7] (PYRRHO, 2013). (29 de Julho de 2013). Publicação revista Ultimato, página virtual. Fonte: Ultimato Online: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-cristao-e-o-facebook
.
[8] Ibid. (PYRRHO, 2013)
[9] [9] HODGE, A. A. Confissão de Fé e Westminster, Ed. OS PURITANOS, SP, 2ª edição, 1999, pg.316
[10] (PRIOLO, Lou, 2008). pg. 166.
[11] HODGE, A. A. Confissão de Fé e Westminster, Ed. OS PURITANOS, SP, 2ª edição, 1999, pg. 286.
[12] (CAVALCANTE, 2005).p. 3- 63.
[13] Disponível em <http://www.cpadnews.com.br/blog/esdrasbentho/?POST_1_2_RELATIVISMO+E+
CULTURA+CRIST%E3.html>. Acesso em 10/11/2014.
[14] Disponível em <pr-valdemir.blogspot.com.br/2011/07/familia-e-os-desafios-da-pos.html>. Acesso em 16/11/2014.

[15] Disponível em <pr-valdemir.blogspot.com.br/2011/07/familia-e-os-desafios-da-pos.html>. Acesso em 16/11/2014.
[16] (ARGUELLO, 2009).p.46.
[17] HODGE, A. A. Confissão de Fé e Westminster, Ed. OS PURITANOS, SP, 2ª edição, 1999, pg. 409
[18]HODGE, A. A. Confissão de Fé e Westminster, Ed. OS PURITANOS, SP, 2ª edição, 1999, pg. 316

[19] HODGE, A. A. Confissão de Fé e Westminster, Ed. OS PURITANOS, SP, 2ª edição, 1999, pg. 435
[20] LOPES, Hernandes Dias, 2002. p.19-20
[21] LOPES, Hernandes Dias, 2002. p.24
[22](LAWSON, 2012).p 496
[23](COSTA J. A., 2006). P. 9 
[24](CARDOSO, 2013, p. 37).
[25](CARDOSO, 2013, p. 65).
[26] (MENDES Samuel, 2006, pp. 13-15; 86).
[27](PORTELA Neto, 2012, pp. 131-147).
[28](PORTELA Neto, 2012, p. 133).
[29](BROGER, 1991).p. 7
[30](PORTELA Neto, 2012, p. 140).
[31](CHAVES, 2006).p. 46

[32](GOMES, 2005).p. 10 -12

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